Abstract
Objective To assess the knowledge and compliance of health professionals regarding the diagnostic
and treatment practices for syphilis in patients admitted for childbirth in public
maternity hospitals in the city of Teresina, in the state of Piauí, Northeastern Brazil.
Methods A cross-sectional study was performed in 2015 with obstetricians and nurses working
in the public maternity hospitals in Teresina (n = 159) using a self-administered questionnaire, with 5% of losses and 10% of refusals.
The study used 21 evaluation criteria: 13 of them were related to knowledge (5 on
serological tests and 8 on treatment adequacy); 8 were related to practices (3 on
diagnosis, 4 on treatment, and 1 on post-test counseling). The knowledge of and compliance
to the practices was estimated as the proportion of health professionals' answers
that were in agreement with Brazilian Ministry of Health protocols.
Results The obstetricians were in agreement with two criteria concerning the knowledge of
serological tests, one for diagnostic practices, and one for treatment practice. Among
nurses, no single match between actual procedures and guidelines was observed.
Conclusions Low compliance with the protocols results in missed opportunities for the diagnosis
and treatment of pregnant and postpartum women and their partners. Strategies for
training and integrating the various professional groups, improved data recording
on prenatal cards, and greater accountability of the hospital team in managing the
women's partners are needed to overcome the barriers identified in the study and to
interrupt the syphilis transmission chain.
Resumo
Objetivo Avaliar o conhecimento e a conformidade em práticas de diagnóstico e tratamento no
manejo da sífilis por ocasião da admissão para o parto entre os profissionais de saúde
atuantes nas maternidades públicas de Teresina, Piauí, na Região Nordeste do Brasil.
Métodos Realizou-se, em 2015, um estudo transversal com a população de médicos obstetras
e enfermeiros atuantes nas maternidades públicas de Teresina (n = 159) por meio de formulários autoaplicáveis, tendo sido registradas 5% de perdas
e 10% de recusas. Foram utilizados 21 critérios de avaliação: 13 relacionados ao conhecimento
(5 sobre exames sorológicos e 8 sobre adequação do tratamento) e 8 relacionados às
práticas (3 sobre diagnóstico, 4 sobre tratamento, e 1 sobre aconselhamento pós-teste).
A conformidade dos conhecimentos e práticas foi estimada como a proporção de respostas
dos profissionais em concordância com os protocolos do Ministério da Saúde brasileiro.
Resultados Foi observada concordância em dois critérios de conhecimento sobre exames sorológicos,
um relacionado às práticas diagnósticas, e um de prática de tratamento, entre os médicos.
Entre os enfermeiros, nenhum critério avaliado apresentou concordância com os critérios
padrão.
Conclusões O perfil observado de baixa conformidade quanto aos critérios avaliados resulta em
oportunidades perdidas de diagnóstico e tratamento das gestantes/puérperas e de seus
parceiros. Estratégias de capacitação e integração das diversas categorias profissionais,
melhoria nos registros no cartão de pré-natal e maior responsabilização da equipe
hospitalar no manejo do parceiro são necessárias para superar as barreiras encontradas
e interromper a cadeia de transmissão da doença.
Keywords
syphilis - congenital syphilis - health personnel - health evaluation - maternity
hospitals
Palavras-chave
sífilis - sífilis congênita - pessoal de saúde - avaliação em saúde - maternidades