CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672503
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Hérnias discais lombares altas e transição toracolombar: casuística, conduta e revisão da literatura

Albert Adebayo Oluwagbemiga Lewis
1   Assistência Neurológica de São Bernardo
,
Rodrigo Coimbra de Gusmão
1   Assistência Neurológica de São Bernardo
,
Daniel de Carvalho Kirchhoff
1   Assistência Neurológica de São Bernardo
,
Dierk Fritz Bodo Kirchhoff
1   Assistência Neurológica de São Bernardo
,
Lorenza Pereira
1   Assistência Neurológica de São Bernardo
,
Georgia Karinelle Salomão
1   Assistência Neurológica de São Bernardo
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

As hérnias discais lombares altas e de transição toracolombar são doenças raras da coluna espinhal, devido à sua biomecânica, neste segmento, apresentando características e sintomas próprios e tratamentos diversos a depender dos mesmos. O trabalho visa a mostrar a casuística e conduta do serviço da Assistência Neurológica de São Bernardo e revisão da literatura. O quadro clínico mais observado foi a lombalgia, acompanhada de radiculoalgia, tendo em vista a grande predominância de discos herniados no nível L3–4. De um modo geral, notamos que em hernias discais posterolaterais a dor radicular é predominante, principalmente ipsilateral, como na maioria das hérnias discais. Quando a herniação é posteromedial, muitas vezes, além de dor radicular, temos também a presença de hemicauda, quando ligeiramente lateralizada, ou a síndrome da cauda equina completa, com lesão sensitiva, motora e de esfíncteres. Nas lesões mais altas, T12–L1, geralmente existe irritação ou lesão medular com a clínica correspondente, o mesmo ocorrendo em relação a L1–L2. Na lesão L2–L3, a depender da localização do cone medular, a lesão pode ser mais medular ou já de cauda. Portanto, as lesões causadas por hérnias discais altas, geralmente causam lesões mais graves, medulares ou de cauda equina, o que não acontece geralmente com as hérnias baixas. Diante dos casos de hérnias discais lombares altas, de início recente da doença e ausência de sinais objetivos definidos para cirurgia, o tratamento inicial preconizado é o conservador, como nos casos de hérnias discais baixas. O tratamento é, fundamentalmente, o repouso, e o tratamento medicamentoso e fisiátrico. No caso de falha clinica do tratamento, sintomas deficitários neurológicos súbitos ou progressivos, o tratamento cirúrgico é obrigatório. A reabilitação e imprescindível nos lesados medulares e desejável em todos os pacientes, principalmente em idosos.