CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673013
E-Poster – Pediatrics
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Hemorragias intracerebrais espontâneas: experiência de serviço de neurocirurgia pediátrica em pacientes até 11 anos de idade

Tiago de Paiva Cavalcante
1   Hospital de Urgências De Sergipe – HUSE
2   Universidade Tiradentes
,
Luan Messias Magalhães
1   Hospital de Urgências De Sergipe – HUSE
2   Universidade Tiradentes
,
Carlos Alberto Miranda Lyra
1   Hospital de Urgências De Sergipe – HUSE
2   Universidade Tiradentes
,
Diego Henrique Gois Pereira
1   Hospital de Urgências De Sergipe – HUSE
2   Universidade Tiradentes
,
Cidson Leonardo da Silva Junior
1   Hospital de Urgências De Sergipe – HUSE
2   Universidade Tiradentes
,
Rilton Marcus Morais
1   Hospital de Urgências De Sergipe – HUSE
2   Universidade Tiradentes
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Hemorragias intracerebrais espontâneas são patologias vasculares comuns em pacientes adultos, podendo ocorrer raramente em pacientes pediátricos, e sob outras etiologias. Identificar as causas mais comuns implicadas em hemorragias intracerebrais espontâneas (HICE) significa um tratamento mais efetivo, uma vez que em sua quase totalidade são secundárias a malformações vasculares, causas inflamatórias, infecciosas ou hematológicas.

Objetivo: Apresentar a experiência de um serviço de neurocirurgia pediátrica em pacientes com mais de 30 dias e menos de 12 anos de idade e hemorragia intracerebral espontânea, e a evolução clínica dos casos.

Método: Avaliação prospectiva dos casos admitidos em enfermaria de Neurocirurgia Pediátrica entre junho de 2013 e janeiro de 2018, com diagnóstico inicial de HICE, com idade entre 30 dias e 11 anos e 11 meses de vida. Características demográficas, clínicas, etiológicas, radiológicas foram avaliadas. Casos com história de traumatismo craniano prévio, neurocirurgia foram excluídos. Evolução clínica na alta e em 06 meses foi categorizada usando a escala de Rankin modificada para pediatria (RankinMP). Resultados: Durante esse período, 11 crianças foram admitidas com alguma HICE (17H/4M; 68,9 ± 53,6 meses de idade [1 a 132]. O sintoma mais presente foi cefaleia (7 casos) e a presença de crise convulsiva na apresentação clínica o sintoma mais associado a degradação neurológica (Glasgow < 15), 85% dos casos com p < 0,05. Etiologias determinadas na investigação: 4 pacientes por malformação vascular intracerebral (MAV, aneurisma), única criança de 36 meses por trombocitopenia, 1 por tumor cerebral, 4 secundárias a IVAS, 1 sem causa diagnosticada. O RankinMP da alta médio foi 2 e em 6 meses de 01 ponto, mostrando melhora clínica em quase todos os casos, não relacionada diretamente à etiologia ou Glasgow da admissão hospitalar.

Conclusão: As causas mais comuns de HICE encontradas neste serviço correspondem à literatura mundial. No entanto, a presença de viroses respiratórias deve ser lembrada em períodos epidêmicos como causa de vasculite e consequente hemorragia cerebral espontânea. A evolução clínica é em geral satisfatória pela intensa neuroplasticidade, independentemente da causa da hemorragia.