Resumo
Objetivo Verificar se os ombros com acetabularização têm melhores resultados funcionais nos
casos de artropatia do manguito rotador.
Métodos Avaliação transversal clínica e radiológica de 65 ombros com artropatia do manguito
rotador por meio da mensuração da amplitude de movimento (ADM) do ombro, do escore
de Constant-Murley, e das classificações radiológicas de Hamada e Seebauer. Os achados
clínicos foram comparados com os radiográficos.
Resultados Segundo a classificação de Seebauer, com relação à ADM, observamos melhores resultados
nos tipos A. Houve diferença estatística significativa na elevação anterior, e rotação
medial entre os tipos A e B (p < 0.05). A rotação lateral não demonstrou diferença estatística significativa entre
os tipos A e B. O escore de Constant-Murley apresentou melhores resultados nos tipos
A, e houve diferença estatística significativa entre os grupos A e B (p < 0,05). Segundo a classificação de Hamada, observamos que a ADM teve melhores resultados
nos tipos 3, 2 e 1, e houve diferença estatística significativa para a elevação anterior
e a rotação medial (p < 0,05) quando comparadas com os grupos 4A, 4B e 5. Não houve diferença estatística
significativa entre os grupos de Hamada em relação à rotação lateral. Ainda segundo
Hamada, o escore de Constant-Murley apresentou melhores resultados nos tipos 3, 1
e 2, e houve diferença estatística significativa entre os grupos 3 e 5.
Conclusão A ADM e a função do ombro apresentavam-se melhores nos pacientes com acetabularização
(Seebauer 1A e Hamada 3), e piores naqueles com artrose glenoumeral (Seebauer 1B,
2B e Hamada 4A, 4B e 5).
Palavras-chave
artropatia de ruptura do manguito rotador - articulação do ombro - lesões do manguito
rotador