CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(04): 459-462
DOI: 10.1055/s-0040-1713388
Artigo Original
Joelho

Avaliação da concordância interobservador das classificações de Fraser e Blake & McBryde para joelho flutuante[*]

Article in several languages: português | English
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Instituto Doutor José Frota, Fortaleza, CE, Brasil
,
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Instituto Doutor José Frota, Fortaleza, CE, Brasil
,
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Instituto Doutor José Frota, Fortaleza, CE, Brasil
,
2   Curso de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil
,
3   Disciplina de Ortopedia e Traumatologia, Departamento de Cirurgia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil
,
4   Departamento de Ortopedia, Hospital Geral do Exército, Fortaleza, CE, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Avaliar a concordância interobservador de duas classificações para joelho flutuante: Fraser e Blake & Mcbryde.

Método Trinta e dois observadores, subdivididos de acordo com o grau de titulação (26 médicos residentes e seis médicos ortopedistas especialistas em trauma ortopédico) classificaram 15 fraturas de fêmur e tíbia ipsilaterais. A concordância interobservador foi avaliada pelo coeficiente Kappa.

Resultado Ao avaliar a concordância entre os 9 R1, obteve-se índice Kappa para classificação de Fraser de 0,58 e para a classificação de Blake & McBryde de 0,46. Entre os 7 R2, obteve-se índice de 0,59 para a classificação de Fraser e 0,51 para a classificação de Blake & McBryde. Entre os 10 R3, o índice de concordância foi maior para as duas classificações: 0,72 para a classificação de Fraser e 0,71 para a de Blake & McBryde. Considerando os 3 grupos (R1, R2, R3) como um só grande grupo, calculou-se o índice Kappa geral, que teve como resultado 0,63 para a classificação de Fraser e 0,56 para a classificação de Blake & McBryde. No grupo dos traumato-ortopedistas especialistas em joelho, por sua vez, obteve-se uma concordância para a classificação de Blake e McBryde de 0,597 e para a de Fraser de 0,843.

Conclusão Comparativamente, as duas classificações apresentaram grau de concordância fraco a moderado. A classificação de Fraser teve melhor concordância em ambos os grupos. A concordância foi maior quando se avaliou médicos ortopedistas especialistas em trauma ortopédico.

* Trabalho desenvolvido no Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Instituto Doutor José Frota, Fortaleza, Ceará, Brasil.


Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.




Publication History

Received: 08 December 2019

Accepted: 17 March 2020

Article published online:
02 October 2020

© 2020. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Muñoz Vives J, Bel JC, Capel Agundez A. et al. The floating knee: a review on ipsilateral femoral and tibial fractures. EFORT Open Rev 2017; 1 (11) 375-382
  • 2 Bertrand ML, Andrés-Cano P. Management of the Floating Knee in Polytrauma Patients. Open Orthop J 2015; 9: 347-355
  • 3 Lugones A, Mangupli M, Galera H, DÃaz Gallardo P, Pioli I. et al. Tratamiento, lesiones asociadas y complicaciones en las fracturas homolaterales del fémur y la tibia: “Rodilla flotante”. Rev Asoc Argentina Ortop y Traumatol 2010; 75 (04) 370-375
  • 4 Feron JM, Bonnevialle P, Pietu G, Jacquot FI. Traumatic Floating Knee: A Review of a Multi-Centric Series of 172 Cases in Adult. Open Orthop J 2015; (Suppl. 01) (M11): 356-360
  • 5 Rüedi TP, Buckley RE, Moran CG. Princípios AO do Tratamento de Fraturas. 2a ed. Porto Alegre: Art Med; 2009
  • 6 Fraser RD, Hunter GA, Waddell JP. Ipsilateral fracture of the femur and tibia. J Bone Joint Surg Br 1978; 60-B (04) 510-515
  • 7 Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics 1977; 33 (01) 159-174
  • 8 Schwartsmann CR, Boschin LC, Moschen GM. et al. Classificação das fraturas trocantéricas: avaliação da reprodutibilidade da classificação AO. Rev Bras Ortop 2006; 41 (07) 264-267
  • 9 Albuquerque RP, Giordano V, Pallottino A. et al. Analise da reprodutibilidade das classificações das fraturas do platô tibial. Rev Bras Ortop 2009; 44 (03) 225-229
  • 10 Thomsen NO, Overgaard S, Olsen LH, Hansen H, Nielsen ST. Observer variation in the radiographic classification of ankle fractures. J Bone Joint Surg Br 1991; 73 (04) 676-678
  • 11 Sidor ML, Zuckerman JD, Lyon T, Koval K, Cuomo F, Schoenberg N. The Neer classification system for proximal humeral fractures. An assessment of interobserver reliability and intraobserver reproducibility. J Bone Joint Surg Am 1993; 75 (12) 1745-1750
  • 12 Gusmo PD, Mothes FC, Rubin LA, Gonçalves RZ, Telöken MA, Schwartsmann CR. Avaliação da reprodutibilidade da classificação de Garden para fraturas do colo femural. Rev Bras Ortop 2002; 37 (09) 381-386
  • 13 Demirtas A, Azboy I, Alemdar C. et al. Functional outcomes and quality of life in adult ipsilateral femur and tibia fractures. J Orthop Translat 2018; 16: 53-61
  • 14 Vaidyanathan S, Panchanathan Ganesan J, Moongilpatti Sengodan M. Floating knee injury associated with patellar tendon rupture: a case report and review of literature. Case Rep Orthop 2012 2012; 913230
  • 15 Paul GR, Sawka MW, Whitelaw GP. Fractures of the ipsilateral femur and tibia: emphasis on intra-articular and soft tissue injury. J Orthop Trauma 1990; 4 (03) 309-314
  • 16 Adamson GJ, Wiss DA, Lowery GL, Peters CL. Type II floating knee: ipsilateral femoral and tibial fractures with intraarticular extension into the knee joint. J Orthop Trauma 1992; 6 (03) 333-339
  • 17 Hung SH, Lu YM, Huang HT. et al. Surgical treatment of type II floating knee: comparisons of the results of type IIA and type IIB floating knee. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 2007; 15 (05) 578-586
  • 18 Hegazy AM. Surgical management of ipsilateral fracture of the femur and tibia in adults (the floating knee): postoperative clinical, radiological, and functional outcomes. Clin Orthop Surg 2011; 3 (02) 133-139