CC BY 4.0 · Rev Bras Ginecol Obstet 2021; 43(01): 014-019
DOI: 10.1055/s-0040-1721353
Original Article
Obstetrics/High Risk Pregnancy

Intercultural Childbirth: Impact on the Maternal Health of the Ecuadorian Kichwa and Mestizo People of the Otavalo Region

Parto intercultural: impacto na saúde materna dos equatorianos Kichwa e mestiços da região de Otavalo
1   Department of Social Medicine, Ribeirão Preto Medical School, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
2   Facultad de Ciencias Médicas, Cátedra de Pediatría, Universidad Central del Ecuador, Quito, Ecuador
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1   Department of Social Medicine, Ribeirão Preto Medical School, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
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3   Department of Internal Medicine, Ribeirão Preto Medical School, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brazil
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Abstract

Objective Considering the increased frequency of maternal deaths reported from 2001 to 2005 for Indigenous and mestizo women from the Ecuadorian rural area of Otavalo, where the Kichwa people has lived for centuries, the objective of the present article is to describe how the efforts of the local health community and hospital workers together with a propitious political environment facilitated the implementation of intercultural childbirth, which is a strategy that respects the Andean childbirth worldview.

Methods We evaluated a 3-year follow-up (2014–16) of the maternal mortality and the childbirth features (4,213 deliveries).

Results Although the Western-style (lying down position) childbirth was adopted by 80.6% of the pregnant women, 19.4% of both mestizo and Indigenous women adopted the intercultural delivery (squatting and kneeling positions). Both intercultural (42.2%) and Western-style (57.8%) childbirths were similarly adopted by Kichwa women, whereas Western-style childbirth predominated among mestizo women (94.0%). After the implementation of the intercultural strategy in 2008, a dramatic decrease of maternal deaths has been observed until now in both rural and urban Otavalo regions.

Conclusion This scenario reveals that the intermingling of cultures and respect for childbirth traditions have decreased maternal mortality in this World Health Organization-awarded program.

Resumo

Objetivo Considerando a crescente frequência de mortes maternas notificadas de 2001 a 2005 entre mulheres indígenas e mestiças da área rural equatoriana de Otavalo, onde o povo Kichwa vive há séculos, o objetivo deste artigo é descrever como os esforços da comunidade local de saúde e dos trabalhadores hospitalares, juntamente com um ambiente político propício, facilitaram a implementação do parto intercultural, que é uma estratégia que respeita a visão de mundo do parto andino.

Métodos Foram avaliadas as características da mortalidade materna e do parto (4.213 partos) por um período de 3 anos (2014–16)

Resultados Embora o parto no estilo ocidental (posição deitada) tenha sido adotado por 80,6% das gestantes, 19,4% das mestiças e indígenas adotaram o parto intercultural (posições de agachamento e ajoelhamento). Os partos interculturais (42,2%) e ocidentais (57,8%) foram adotados de maneira semelhante pelas mulheres Kichwa, enquanto o parto ocidental predominou entre as mestiças (94,0%). Após a implementação da estratégia intercultural em 2008, foi observada uma redução drástica de mortes maternas nas regiões rurais e urbanas de Otavalo.

Conclusão Esse cenário revela que a mistura de culturas e o respeito às tradições do parto diminuíram a mortalidade materna neste programa premiado pela Organização Mundial de Saúde.



Publikationsverlauf

Eingereicht: 16. Dezember 2019

Angenommen: 30. September 2020

Artikel online veröffentlicht:
29. Januar 2021

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