Abstract
Introduction Intracranial hypertension continues to be the most frequent cause of death in patients
with traumatic brain injury (TBI). Thus, invasive monitoring of intracranial pressure
(ICP) is a very important tool in neurointensivism. However, there is controversy
regarding ICP monitoring and prognosis.
Objectives To evaluate whether there is a difference in mortality between patients with severe
TBI who underwent invasive ICP monitoring compared with those who did not undergo
such procedure.
Methodology This is a unicentric study in the prospective cohort mode. A total of 316 patients
with severe TBI were evaluated and, out of these 316 individuals, 35 were submitted
to ICP monitoring. All clinical data were evaluated by the Tertiary Hospital Neurosurgery
team in the city of São Paulo.
Results Of the total cohort, 35 (11%) patients underwent ICP monitoring, while 281 did not.
Comparing the 2 groups, there was no difference in terms of early mortality between
patients who were submitted to monitoring and those who were not (34.3 versus 14.3%;
p = 0.09); there was also no difference in terms of hospital mortality (40 versus 28.5%;
p = 0.31) or intensive care unit (ICU) length of stay (16.10 days, 95% confidence interval
[CI]: 10.6–21.6; versus 20.60 days, 95%CI: 13.50–27.70; p = 0.31).
Conclusions In this cohort, we did not identify differences in mortality or in duration of hospitalization
between patients with ICP monitoring and those exclusively with clinical-radiological
evaluation. However, further national co-operative studies of services using ICP monitoring
are needed to achieve results with greater generalization power.
Resumo
Introdução A hipertensão intracraniana continua a ser a causa mais frequente de morte em pacientes
com traumatismo craniencefálico (TCE). Assim, a monitoração invasiva da pressão intracraniana
(PIC) é uma ferramenta de grande importância em neurointensivismo. No entanto, há
controvérsias em relação à monitorização da PIC e sua relação com o prognóstico.
Objetivos Avaliar se há diferença de mortalidade entre pacientes com TCE grave submetidos à
monitorização invasiva da PIC em comparação com aqueles não monitorizados.
Metodologia Trata-se de um estudo unicêntrico no modo de coorte prospectiva. Foram avaliados
316 pacientes com TCE grave e, desses 316 indivíduos, 35 foram submetidos à monitorização
da PIC. Todos os dados clínicos foram avaliados pela equipe de Neurocirurgia de Hospital
Terciário na cidade de São Paulo.
Resultados Da coorte total, 35 (11%) pacientes foram submetidos a monitorização da PIC, enquanto
281 não o foram. Comparando-se os 2 grupos, não houve diferença em termos de mortalidade
precoce entre pacientes submetidos a monitorização e os que não foram submetidos (34,3
versus 14,3%; p = 0,09); não houve também diferença em termos de mortalidade hospitalar (40 versus 28,5%; p = 0,31) ou no tempo de internação na UTI (16,10 dias, intervalo de confiança [IC]
95%: 10,6–21,6 versus 20,60 dias, IC95%: 13,50–27,70; p = 0,31).
Conclusões Nesta coorte, não identificamos diferença de mortalidade ou de duração de tempo de
internação entre pacientes com monitorização da PIC e aqueles com avaliação exclusivamente
clínicorradiológica. Fazem-se, no entanto, necessários mais estudos cooperativos nacionais
dos serviços que utilizam a monitorização da PIC para obtenção de resultados com maior
poder de generalização.
Keywords
intracranial pressure - hospital mortality - intracranial hypertension - brain injuries
- traumatic
Palavras-chave
pressão intracraniana - mortalidade hospitalar - hipertensão intracraniana - lesões
encefálicas - traumáticas