Resumo
Objetivo Determinar a antropometria média do quadril de uma população regional brasileira
através de medidas obtidas pela tomografia axial computadorizada (TAC).
Método Análise analítico-descritiva, retrospectiva, de medidas coxofemorais de 200 TACs
do abdômen de pacientes atendidos em um centro médico. Foram selecionados aleatoriamente
exames que permitissem a aferição de 30 medidas antropométricas previamente definidas.
Os dados foram estatisticamente analisados e comparados quanto a sexo e idade.
Resultados A prevalência de displasia do quadril foi de 6%. Sinais sugestivos de impacto fêmoro-acetabular
foram vistos em 26% dos casos. A análise dos resultados no grupo acima de 50 anos
demonstrou medidas significativamente maiores dos: setores horizontais do acetábulo,
do ângulo centro-borda e do arco acetabular, acompanhados de menor índice de extrusão,
ângulo cérvico-diafisário e offset vertical. Algumas medidas foram significativamente diferentes em função do sexo:
o ângulo centro-borda lateral (µ = 35.5°) e o arco acetabular (µ = 68.7°) se mostraram
maiores no sexo feminino. No grupo masculino, foram maiores o índice de extrusão (µ = 16%),
o offset lateral (µ = 38,3mm), a profundidade (µ = 19,5 mm) e o diâmetro do colo (µ = 26,4 mm).
Conclusão O presente estudo caracterizou a antropometria do quadril de uma população brasileira.
Demonstrou ainda diferenças morfológicas significativas do quadril entre diferentes
faixas etárias e sexos.
Palavras-chave antropometria - artroplastia - articulação do quadril - tomografia computadorizada
por raios X