Resumo
Objetivo Avaliar o potencial melhor resultado funcional e controle álgico no tratamento de
fraturas patológicas e fixações profiláticas tratadas com haste intramedular associada
ao polimetilmetacrilato (PMMA) em comparação com o uso de haste intramedular em lesões
tumorais em ossos longos.
Métodos De janeiro de 2012 a setembro de 2017, 38 pacientes com 42 lesões patológicas (fraturas
ou iminência segundo os critérios de Mirels) foram tratados cirurgicamente. Dezesseis
pacientes submetidos a fixação com haste intramedular bloqueada foram alocados ao
grupo controle e 22 pacientes com lesões patológicas foram alocados para tratamento
com haste intramedular associada ao PMMA. No pós-operatório, foi realizada a submissão
dos pacientes ao escore da Musculoskeletal Tumor Society (MSTS, na sigla em inglês)
e à avaliação radiográfica do tratamento realizado, assim como à avaliação de intercorrências
e complicações relacionadas ao tratamento.
Resultados A avaliação através do questionário MSTS demonstrou melhor resultado funcional do
grupo associado com PMMA quando comparado com o grupo controle, o qual obteve uma
pontuação média de 16,375 em um máximo de 30 pontos (54,6%), enquanto o grupo em estudo
com associação do PMMA obteve uma média de 22,36 pontos (74,5%). O procedimento mostrou-se
seguro, taxas de complicações e gravidade semelhantes e sem diferença estatística
quando comparado com o tratamento padrão.
Conclusão A estabilização de lesões tumorais com fixação associada ao PMMA demonstrou reabilitação
precoce e melhora na qualidade de vida, permitindo rápida recuperação funcional. A
utilização do PMMA apresenta vantagens como diminuição do sangramento e da necrose
tumoral e maior estabilidade mecânica.
Palavras-chave
fraturas espontâneas - polimetilmetacrilato - neoplasias ósseas - cimentos para ossos