Abstract
Objective It is a challenge to consider preeclampsia (PE) diagnosis and management in low and
middle-income settings, where it represents a major public health concern. The placenta
is the underlying cause of disease, and the plasma concentrations of proangiogenic
and antiangiogenic factors released by the placenta can reflect the risks of disease
progression. Antiangiogenic proteins, such as soluble fms-like tyrosine kinase 1 (sFlt-1),
and proangiogenic, like placental growth factors (PlGF), are directly and inversely
correlated with the disease onset, respectively.
Methods Narrative review on the use of biomarkers (sFlt-1 to PlGF ratio) with a suggested
guidance protocol.
Results Key considerations on the use of biomarkers: the sFlt-1/PlGF ratio is mainly relevant
to rule out PE between 20 and 36 6/7 weeks in cases of suspected PE; however, it should
not replace the routine exams for the diagnosis of PE. The sFlt-1/PlGF ratio should
not be performed after confirmed PE diagnosis (only in research settings). In women
with suspected PE, sFlt-1/PlGF ratio < 38 can rule out the diagnosis of PE for 1 week
(VPN = 99.3) and up to 4 weeks (VPN= 94.3); sFlt-1/PlGF ratio > 38 does not confirm
the diagnosis of PE; however, it can assist clinical management. In cases of severe
hypertension and/or symptoms (imminent eclampsia), hospitalization is imperative,
regardless of the result of the sFlt-1/PlGF ratio.
Conclusion The use of biomarkers can help support clinical decisions on the management of suspected
PE cases, especially to rule out PE diagnosis, thus avoiding unnecessary interventions,
especially hospitalizations and elective prematurity
Resumo
Objetivo É um desafio considerar o diagnóstico e o tratamento da pré-eclâmpsia (PE) em locais
de baixa e média renda, onde a doença representa um grande problema de saúde pública.
A placenta é a causa subjacente da doença, e as concentrações plasmáticas de fatores
pró-angiogênicos e antiangiogênicos liberados pela placenta podem refletir os riscos
de progressão da doença. Proteínas antiangiogênicas, como a tirosina quinase fms solúvel
tipo 1 (sFlt-1), e pró-angiogênicas, como o fator de crescimento placentário (PlGF),
estão direta e inversamente correlacionados com o início da doença, respectivamente.
Métodos Revisão narrativa sobre o uso de biomarcadores (razão sFlt-1/PlGF) com sugestão de
protocolo de orientação para uso clínico.
Resultados Principais considerações sobre o uso de biomarcadores: a razão sFlt-1/PlGF é principalmente
relevante para descartar PE entre 20 e 36 6/7 semanas em casos de suspeita de PE;
entretanto, não deve substituir os exames de rotina para o diagnóstico de PE. A relação
sFlt-1/PlGF não deve ser realizada após a confirmação do diagnóstico de PE (apenas
em ambientes de pesquisa). Em mulheres com suspeita de PE, a razão sFlt-1/PlGF < 38
pode descartar o diagnóstico de PE por 1 semana (VPN = 99,3) e até 4 semanas (VPN = 94,3);
A relação sFlt-1/PlGF > 38 pode auxiliar no manejo clínico. Em casos de hipertensão
grave e/ou sintomas (eclâmpsia iminente), a hospitalização é imprescindível, independentemente
do resultado da relação sFlt-1/PlGF.
Conclusão O uso de biomarcadores pode auxiliar na tomada de decisões clínicas no manejo de
casos suspeitos de PE, principalmente para afastar o diagnóstico da doença, evitando
intervenções desnecessárias, tais como internações e prematuridade iatrogênica.
Keywords preeclampsia - hypertension - placental growth factor - preterm preeclampsia - soluble
fms-like tyrosine kinase 1
Palavras-chave pré-eclâmpsia - hipertensão - fator de crescimento placentário - pré-eclâmpsia prematura
- tirosina quinase 1 tipo fms solúvel