Resumo
Objetivo O presente estudo tem como objetivo avaliar o comprimento e os ângulos de trajetória
do parafuso para fixação atlantoaxial posterior em uma população portuguesa por meio
do estudo de tomografia computadorizada (TC) cervical.
Métodos Tomografias computadorizadas cervicais de 50 adultos foram analisadas quanto às trajetórias
pré-definidas dos parafusos transarticulares C1-C2 (C1C2TA), na massa lateral de C1
(C1LM), no pedículo de C2 (C2P) e na pars de C2 e C2 laminar (C2L). O comprimento e os ângulos dos parafusos em cada uma destas
trajetórias foram medidos e comparados entre homens e mulheres.
Resultados O comprimento médio e ângulos medial e cranial da trajetória do parafuso C1C2TA foram
de 34,12 ± 3,19 mm, 6,24° ± 3,06 e 59,25° ± 5,68, respectivamente; as medidas da trajetória
do parafuso C1LM foram 27,12 ± 2,15 mm, 15,82° ± 5,07 e 13,53° ± 4,80. O comprimento
médio e os ângulos medial e cranial da trajetória do parafuso C2P foram de 23,44 ± 2,49 mm,
27,40° ± 4,88 e 30,41° ± 7,27, respectivamente; as medidas da trajetória do parafuso
da pars de C2 foram 16,84 ± 2,08 mm, 20,09° ± 6,83 e 47,53° ± 6,97. O comprimento médio e
ângulos lateral e cranial da trajetória do parafuso C2L foram de 29,10 ± 2,48 mm,
49,80° ± 4,71 e 21,56° ± 7,76, respectivamente. Não houve diferenças entre os gêneros,
à exceção do comprimento dos parafusos C1C2TA (p = 0,020) e C2L (p = 0,001), que foi maior no sexo masculino do que no feminino.
Conclusão O presente estudo fornece referências anatômicas para a fixação atlantoaxial posterior
em uma população portuguesa. Estes dados detalhados são essenciais para ajudar os
cirurgiões de coluna a colocar os parafusos de maneira segura e eficaz.
Palavras-chave articulação atlantoaxial - parafusos ósseos - vértebra cervical - instabilidade articular
- dispositivos de fixação cirúrgica