Resumo
Objetivo: Nosso estudo investigou alterações na lassidão do joelho em atletas e não atletas
do sexo feminino e a relação entre a lassidão do joelho e esteroides sexuais nas fases
do ciclo menstrual.
Métodos: Quarenta e seis mulheres saudáveis, vinte e quatro atletas e vinte e duas não atletas,
sem uso de pílulas anticoncepcionais hormonais, sem lesões anteriores no joelho e
com ciclos menstruais regulares por 3 meses consecutivos, participaram do estudo.
A lassidão medial e lateral do joelho foi determinada por testes de varo-valgo nas
fases folicular, ovulatória e lútea. Os níveis séricos de relaxina, estrógeno, progesterona
e testosterona foram determinados por ensaio imunoenzi mático (ELISA) e radioimunoensaio.
Resultados: A lassidão do joelho em atletas e não atletas em 0° e 20° de flexão foi maior na
fase lútea; as não atletas apresentavam maior lassidão do que as atletas. Houve uma
correlação positiva entre os níveis de progesterona e relaxina e a lassidão do joelho.
Além disso, os níveis desses dois hormônios foram maiores na fase lútea.
Conclusão: O aumento da lassidão medial e lateral do joelho em atletas e não atletas, associado
a altos níveis séricos de progesterona e relaxina na fase lútea, pode contribuir para
o aumento do risco de lesão sem contato no joelho. No entanto, a menor lassidão do
joelho em atletas do que em não atletas sugere que o exercício pode ser um fator protetor.
Palavras-chave
articulação do joelho - ciclo menstrual - hormônio esteroide sexual - relaxina - atletas