ABSTRACT
Background: This mini-review aims to summarize and discuss previous and recent advances in the
clinical presentation, pathophysiology, diagnosis, treatment, and outcome of SARS-CoV-2-associated
peripheral neuropathies. Methods: Literature review. Results: Altogether, 105 articles about SARS-CoV-2-associated neuropathy describing 261 patients
were retrieved. Peripheral neuropathy in patients with COVID-19 is frequent and predominantly
due to immune mechanisms or neurotoxic side effects of drugs used to treat the symptoms
of COVID-19 and, to a lesser extent, due to the compression of peripheral nerves resulting
from prolonged bedding in the Intensive Care Unit (ICU) and pre-existing risk factors
such as diabetes. SARS-CoV-2 does not cause viral neuropathy. Neurotoxic drugs such
as daptomycin, linezolid, lopinavir, ritonavir, hydro-chloroquine, cisatracurium,
clindamycin, and glucocorticoids should be administered with caution and patients
should be appropriately bedded in the ICU to prevent SARS-CoV-2-associated neuropathy.
Patients with Guillain-Barré syndrome (GBS) benefit from immunoglobulins, plasma exchange,
and steroids. Conclusions: Neuropathies of peripheral nerves in patients with COVID-19 are frequent and mostly
result from immune mechanisms or neurotoxic side effects of drugs used to treat the
symptoms of COVID-19 and, to a lesser extent, from the compression of peripheral nerves
due to prolonged bedding on the ICU. SARS-CoV-2 does not cause infectious neuropathy.
RESUMO
Introdução: A presente minirrevisão tem como objetivo resumir e discutir os avanços dos aspectos
clínicos, fisiopatológicos, de diagnóstico, tratamento e evolução das neuropatias
dos nervos periféricos associadas à COVID-19. Métodos: Revisão da literatura. Resultados: Foram avaliados 105 artigos sobre neuropatia associada à COVID-19. Nesses estudos,
261 pacientes apresentaram boa evolução. As neuropatias dos nervos periféricos em
pacientes com COVID-19 são frequentes e se devem, principalmente, aos mecanismos immunológicos
ou efeitos colaterais neurotóxicos dos medicamentos utilizados para o tratamento da
COVID-19, a fatores de risco pré-existentes, como diabetes e, em menor parte, à compressão
dos nervos periféricos nos leitos da UTI. A COVID-19 não causa neuropatia viral. Os
medicamentos neurotóxicos, como daptomicina, linezolida, lopinavir, ritonavir, hidro-cloroquina,
cisatracúrio, clindamicina e glicocorticoides devem ser administrados com cautela,
e os pacientes deve ser adequadamente admitidos nos leitos da UTI para prevenir o
desenvolvimento de neuropatia associada à COVID-19. Pacientes com síndrome de Guillain-Barré
(GBS) se beneficiam de imunoglobulinas, plasmaférese e esteroides. Conclusões: As neuropatias dos nervos periféricos em pacientes com COVID-19 são raras e predominantemente
devidas aos efeitos colaterais neurotóxicos das mecanismos immunológicos ou drogas
utilizadas para o tratamento de COVID-19 e, em menor parte, devido à compressão dos
nervos periféricos nos leitos da UTI. A COVID-19 não causa neuropatia infeciosa.
Keywords: Guillain-Barre Syndrome - Polyneuropathies - Drug-Related Side Effects and Adverse
Reactions - Mononeuritis Multiplex - SARS-CoV-2
Palavras-chave: Síndrome de Guillain-Barré - Polineuropatias - Efeitos Colaterais e Reações Adversas
Relacionados a Medicamentos - Mononeuropatias - SARS-CoV-2