Introdução: O traumatismo cervical tem como principais etilologias as quedas, acidentes automobilísticos,
mergulhos em águas rasas, ferimentos por armas de fogo, agressões entre outros. Além
do déficit neurológico, estão associados ao trauma elevados custos para tratamento
médico e incapacidade laborativa, estima-se que no Brasil, ocorrem cerca de 10.000
novos casos de injúria da medula vertebral ao ano.
Objetivos: Avaliar o tratamento oferecido aos pacientes portadores de fratura cervical atendidos
em um hospital de grande porte e referencia no tratamento de pacientes politraumatizados.
Métodos: Foram selecionados todos os exames de tomografia de coluna cervical realizados no
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, no período de janeiro de 2008 até dezembro
de 2017; totalizando 5769 exames. 1557 exames foram excluídos por indisponibilidade
de informações.
Resultados: Foram identificados 239 pacientes com lesão traumática, sendo 186 do sexo masculino
(77,8%) e 53 do sexo feminino (22,2%). O tratamento cirúrgico foi indicado em 72 pacientes.
Neste trabalho epidemiológico, correlacionou-se as lesões apresentadas por segmento
e tratamentos realizados (conservador, cirúrgico e técnica cirúrgica realizada).
Conclusão: As lesões da coluna cervical estão entre as lesões musculoesqueléticas mais devastadoras.
São pacientes vítimas de traumas de alta energia, predominantemente jovens, sendo
essencial o correto atendimento desde o pré-hospitalar para o melhor prognóstico do
paciente.