Embora as fraturas dos ossos do antebraço sejam tratadas com sucesso de forma conservadora,
os desfechos permanecem variáveis e, posteriormente, alguns casos podem exigir manipulação
adicional de fraturas ou intervenção cirúrgica formal devido a angulações residuais.[1] Estudos anteriores mostraram que a falha no tratamento não operatório de fraturas
de entre-eixos em populações pediátricas varia entre 39% e 64%.[2]
Atualmente, as demandas do mundo moderno nos levam a considerar as dificuldades do
tratamento não cirúrgico, mantendo as crianças em gesso. Os pais trabalham, o atendimento
domiciliar é difícil, o tempo longe da escola e até mesmo questões de conforto do
paciente são considerados. Portanto, as fraturas, que costumavam ser tratadas de modo
não cirúrgico anteriormente, passaram a ser tratadas cirurgicamente, com abordagem
sem sangue, nos dias de hoje.[3]
Nos últimos tempos, o uso de haste intramedular (IM) flexível tem sido amplamente
realizado para fraturas no antebraço pediátrico devido às vantagens da técnica minimamente
invasiva e da prevenção de complicações relacionadas aos pinos, que mudou os princípios
tradicionais do cuidado com a fratura do antebraço pediátrico.[4] Peterlein et al relataram bons resultados em longo prazo de fraturas no antebraço
pediátrico tratadas com haste intramedular.[5] Martus et al concluíram que a técnica de procedimento com a haste intramedular é
eficaz para fraturas no antebraço pediátrico com resultados bons ou excelentes em
91% dos casos.[6]