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Introdução Existem várias técnicas para o tratamento cirúrgico de fístulas anais; elas têm suas
próprias diferenças, assim como cada caso também é diferente, o que pode resultar
em resultados variados. A técnica LIFT começa com uma pequena incisão no sulco interesfincteriano,
onde o trajeto fistuloso está localizado. O espaço é aberto, dissecado, e o trajeto
é seccionado e ligado com fio absorvível, preservando o esfíncter.
Objetivo Apresentar e avaliar nossos resultados com a técnica LIFT no tratamento de fístulas
anais.
Materiais e Métodos Foi realizado um estudo de corte transversal, observacional, retrospectivo, de janeiro
de 2013 a dezembro de 2020. Foram incluídos pacientes com fístulas transesfincterianas
que foram acompanhados em consultório por até serte anos após a cirurgia.
Resultados Neste período, um total de 62 pacientes foram operados. O sexo masculino foi predominante.
Foram identificadas 47 fístulas transesfincterianas baixas e 15 altas. Em todos os
casos, o trajeto fistuloso foi identificado e ligado em ambos os cabos do espaço interesfincteriano,
e foi realizada curetagem do orifício externo. Cinco pacientes apresentaram deiscência
dos pontos na pele na incisão do espaço interesfincteriano, sendo tratados conservadoramente,
e foram observadas 22 recidivas nesse período.
Discussão O sucesso do procedimento LIFT, de acordo com os resultados de Rojansakul, é de aproximadamente
90%, ao passo que, em nossa experiência, é de 65%. Essa diferença é significativa.
A cicatrização da ferida ocorreu em um tempo menor em relação ao estudo publicado
por Shanwani et al.
Conclusão A técnica LIFT parece ser uma alternativa eficaz e segura para o tratamento de fístulas
transesfincterianas e complexas, pois não altera a anatomia nem a continência, e outras
técnicas podem ser realizadas posteriormente ou combinadas com ela.