Apresentação do caso: paciente sexo feminino, 42 anos, iniciou quadro de febre, hiporexia, perda de peso
e linfadenomegalias múltiplas. Inicialmente, apresentou linfonodo cervical, aderido
a planos profundos causando cervicalgia. Realizado exérese de nódulo cervical esquerdo
com anatomopatológico demonstrando processo inflamatório inespecffico, abcedado. Realizado
nova retirada de linfonodo mediastinal por mediastinoscopia e novo linfonodo cervical,
com os mesmos achados anteriores. Realizado Pet scan, demonstrando linfonodo hipercaptante
em tronco celiaco, ligamento gastro esplênico e linfonodo pré aórtico. Realizado laparoscopia,
evidenciado aumento de cadeia linfonodal em tronco celiaco junto a artéria gástrica
esquerda, aumento de cadeia linfonodal em grande curvatura gástrica, presençã de múltiplos
nódulos em superficie hepática. Realizado linfadenectomia em pequena curvatura gástrica
em cadeias 3, 7, 8a, 9, 12a. Optado por enucleação de nódulo hepático e encaminhado
peçãs ao anatomopatológico. O exame histopatológico evidenciou esquistossomose mansônica.
Paciente recebeu alta da oncologia com coordenação de cuidados clinicos. Discussão: A forma pseudoneoplasica da esquistossomose é conhecida como forma tumoral, tem interesse
prático, embora seja pouco frequente, por simular uma neoplasia maligna, pela sintomatologia
obstrutiva ou de compressão e pelo aspecto granulomatoso associado a consistência
dura das lesóes. Muitas vezes, constitui achados cirúrgicos inesperados, podendo haver
um ou vários tumores. Há excessiva neoformação conjuntiva hiperplástica, devido à
resposta anômala aos elementos esquistossomóticos ou somente um conglomerado de ovos
e granulomas. Comentários finais: esse relato demonstra a relevância do diagnostico diferencial de tumorações e a necessidade
de considerar esquistossomose, uma vez que configura-se em uma das doençãs de maior
prevalência no Brasil.
Bibliographical Record
Jéssica Lourenço dos Santos, Daciano Miranda, Tulio Fernandes Assis, Frederico Nogueira
Pereira. FORMA PSEUDOTUMORAL DE ESQUIS-TOSSOMOSE EM LINFONODOS CERVICAIS, MEDIASTINAIS
E ABDOMINAIS. Brazilian Journal of Oncology 2019; 15.
DOI: 10.1055/s-0044-1797912