CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672447
E-Poster – Anatomy & Approaches
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Ainda há indicação para o acesso transbasal?

Jair Leopoldo Raso
1   Biocor Instituto
,
Yangpol Hon
1   Biocor Instituto
,
Pedro Moreira Coelho Barros
1   Biocor Instituto
,
Bruno Lacerda Sandes
1   Biocor Instituto
,
Marcelo Quesado Filgueiras Filho
1   Biocor Instituto
,
Gustavo Alberto Rodrigues Costa
1   Biocor Instituto
,
Andrey Juliano Alencar Silva
1   Biocor Instituto
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: O acesso transbasal é utilizado para abordagem neurocirúrgica de lesões extradurais das fossas anterior e média, clivus, seio cavernoso, ápice petroso, lesões dos seios paranasais com extensão, por contiguidade, para o crânio. É também utilizado no tratamento de fístula liquórica, refratária ao tratamento endoscópico por via nasal.

    Objetivo: Descrever a anatomia do acesso transbasal. Correlacionar as indicações, na atualidade, entre a abordagem endoscópica por via nasal e pelo acesso transbasal.

    Método: Realizada revisão bibliográfica, cujos resultados foram comparados à prática cirúrgica da subespecialidade base de crânio dos Hospitais Unimed e Biocor (Instituto Mineiro de Neurocirurgia). Exposição da prática cirúrgica do serviço através de descrição de um caso clínico. CNP, 22 anos, masculino, portador de aplasia de medula óssea, evoluiu com sinusite associada a mucormicose com extensão para os seios paranasais, destruição da lâmina papirácea e dos septos intercelulares das células etmoidais, acometimento da região córtico-subcortical do parênquima encefálico basal e anterior dos lobos frontais. A abordagem cirúrgica foi discutida multidisciplinarmente entre equipes de neurocirurgia, otorrinolaringologia e hematologia. Optado por exérese microcirúrgica através do acesso transbasal.

    Resultado: Descrição das técnicas para abordagem da craniotomia bifrontal, osteotomias orbitária e etmoidal, exposição do clivus e variantes do acesso transbasal, segundo Raso et al.

    Conclusão: O conhecimento anatômico do acesso transbasal é fundamental para o sucesso da ressecção cirúrgica, uma vez que as lesões expansivas distorcem as estruturas adjacentes e muitas vezes destroem estruturas ósseas correlacionadas. Com o advento das técnicas endoscópicas, as indicações desse acesso são, hoje, menores que no passado. Portanto, restrigem-se às lesões com acometimento extenso dos seios paranasais, ápice petroso, seio cavernoso, uma vez que, em tais situações, a limitação da mobilidade lateral do endoscópio, impossibilita ressecções totais ou subtotais das lesões.


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    No conflict of interest has been declared by the author(s).