Tumores temporais cursando com epilepsia: análise de 75 casos

Introdução: Os tumores temporais se manifestam frequentemente por epilepsia, muitas vezes de difícil controle. Discute-se na literatura a melhor abordagem destas lesões que muitas vezes deve incluir a ressecção do tumor e, às vezes, das estruturas temporais mesiais para controle adequado das crises convulsivas. Apresentamos uma série de pacientes operados na Santa Casa de BH.

Material e métodos: O presente trabalho apresenta uma série pacientes portadores de lesões expansivas de lobo temporal manifestas por epilepsia e operadas no período de 2006 a 2017. A série é composta de 75 pacientes, 32 do sexo feminino e 43 do sexo masculino. 39 apresentavam epilepsia crônica, de difícil controle e 36 crises convulsivas de início recente. O diagnóstico mais frequente foi de tumores gliais, seguido de DNETs.

Discussão: O lobo temporal é foco de lesões peculiares como DNETs e gangliogliomas que são fortemente epileptogênicas. A opção de realização de exérese simples da lesão ou associada com estruturas mesiais dependeu do aspecto da lesão à RM e do tipo de epilepsia.

Conclusão: Os tumores temporais impõem um desafio especial em seu manejo dada a necessidade de controle das crises convulsivas que, muitas vezes, exigem ressecções expandidas.

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