CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672896
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Obstrução de válvula ventriculoperitoneal por calcificação: relato de caso

Paula Andrade Carvalho
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Raulino José Rebelo Pereira
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Maria Costa de Brito Barbosa Alves
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Ramon Gonçalves Romano Cruz Ribeiro
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Ana Carolina Leite Ribeiro
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Leonardo Ferraz Marques D’Oliveira
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Thalita Pereira de Oliveira Rocha
1   Faculdade de Medicina De Campos – FMC
2   Hospital Ferreira Machado
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Apresentação do Caso: Y.S.M, 24 anos, feminina, proveniente do município de Campos Dos Goytacazes, deu entrada no serviço de emergência relatando sonolência, cefaleia de forte intensidade, diminuição da acuidade visual, apresentando episódio de vômito. Nega febre. Paciente com derivação ventriculoperitoneal (DVP) pós-ressecção de astrocitoma pilocítico de fossa posterior na infância. Solicitou-se tomografia computadorizada de crânio a qual evidenciou o cateter proximal bem posicionado, encefalomalácia em região de vermis cerebelar e hidrocefalia moderada. Evoluiu – em aproximadamente 24 horas – com rebaixamento de nível de consciência, sendo, portanto, submetida à abordagem cirúrgica para revisão de válvula. No ato cirúrgico fora identificado obstrução em cateter distal a nível da margem infraclavicular. Realizada dissecção local demonstrando calcificação e fratura do cateter, em seguida, efetivada a troca do cateter peritoneal. Pós-operatório sem intercorrências, com regressão completa das queixas iniciais, melhora do quadro clínico e neurológico.

    Discussão: A DVP constitui uma técnica neurocirúrgica cujas complicações são bem conhecidas e definidas. A causa mais comum de disfunção da DVP é a obstrução – sendo o cateter proximal o sítio mais acometido –, em sequência, as infecções, mais comumente as ventriculites e as meningites e, eventualmente, situações como formações de hematomas, extrusão de cateter e calcificações da mesma. O princípio fisipatológico para justificar o desenvolvimento de formação de cristais de cálcio é pouco esclarecido, embora o conhecimento sobre esta entidade seja de fundamental importância para a aplicação prática, uma vez que, essa complicação incomum acarreta em adversidades para os pacientes que são válvulo-dependentes.

    Comentários finais: Vale ressaltar a importância de elucidar as diferentes complicações acerca das derivações ventriculoperitoneais, uma vez que o diagnóstico precoce e identificação das possíveis irregularidades acarretam incisivamente no prognóstico do paciente.


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