CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673019
E-Poster – Radiosurgery
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Preditores radiológicos de resposta volumétrica de metástases cerebrais tratadas por radiocirurgia estereotáctica

Bruno Loyola Godoy
1   Instituto Nacional do Cancer – INCA
2   Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ
3   Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa – ID’Or
,
Marcello Reis da Silva
1   Instituto Nacional do Cancer – INCA
2   Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ
3   Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa – ID’Or
,
Andrea S. de Souza
1   Instituto Nacional do Cancer – INCA
2   Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ
3   Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa – ID’Or
,
Fernanda Tovar Moll
1   Instituto Nacional do Cancer – INCA
2   Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ
3   Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa – ID’Or
,
Jorge Paes Barreto Marcondes de Souza
1   Instituto Nacional do Cancer – INCA
2   Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ
3   Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa – ID’Or
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Metástases cerebrais são os tumores mais comuns do sistema nervoso central. A radiocirurgia estereotáctica provou ser uma estratégia muito eficaz no tratamento dessas lesões, isoladamente ou em combinação com outros tratamentos. É bem tolerada e possui baixa incidência de efeitos adversos. Apesar de eficaz, aproximadamente 20 a 30% das metástases cerebrais não respondem adequadamente, requerendo intervenção cirúrgica de resgate com riscos e morbidade maiores. Não estão bem definidos quais aspectos radiológicos poderiam servir como preditores de resposta adequada à radiocirurgia estereotáctica.

    Objetivos: Avaliar a capacidade de diferentes aspectos radiológicos, principalmente métodos de quantificação de perfusão tecidual, na ressonância magnética pré-tratamento, em predizer a resposta volumétrica de metástases cerebrais à radiocirugia estereotáctica, comparando com preditores já existentes na literatura.

    Métodos: Dados de 35 lesões tratadas com radiocirurgia estereotáctica foram analisados retrospectivamente em cinco variáveis: Volume inicial da lesão; Predominância sólida ou cística; DSC/DCE perfusão (PWI); Arterial Spin Labeling (ASL); Tratamento primário ou pós-operatório de reforço/resgate. A volumetria das lesões foi calculada antes e após o tratamento usando técnica de segmentação manual. A análise estatística uou os testes qui-quadrado e exato de Fisher para as variáveis categóricas, e ANOVA para as outras variáveis. Significância estatística foi considerada com p valor < 0,05.

    Resultados: O volume inicial médio foi de 4,97 cm3 (0,13 a 40,08 cm3 – DP ± 7,53). O volume final médio foi de 8,34 cm3 (0,05 a 97,73 cm3 – DP ± 17,76). O tempo médio entre a imagem inicial e a imagem pós-tratamento foi de 6,46 meses (3 a 16 meses – DP ± 3,22). Redução ou estabilidade no volume foi alcançada em 71,4% das lesões. Volume inicial, predominância cística e tratamento pós-operatório não se correlacionaram com a resposta volumétrica de forma significativa (p = 0,661, 0,682 e 0,585, respectivamente). A intensidade de sinal tanto em ASL quanto em PWI se correlacionaram com a resposta volumétrica (p = 0,001).

    Conclusão: As medidas de perfusão tissular tumoral foram preditores mais eficazes de resposta volumétrica ao tratamento por radiocirurgia estereotáctica de metástases cerebrais que outros preditores conhecidos na literatura, como volume inicial, predominância sólida vs. cística e tratamento primário vs. pós-operatório de reforço ou resgate.


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    No conflict of interest has been declared by the author(s).