CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673149
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento cirúrgico de fístula arterio-dural: relato de caso em um paciente que houve falha no tratamento endovascular

Filipe Rocha Viana
1   Centro Médico de Campinas
,
Leonardo Rocha Carneiro Garcia Zapata
1   Centro Médico de Campinas
,
Eduardo Robatto Plessim De Almeida
1   Centro Médico de Campinas
,
Antônio Augisto Roth Vargas
1   Centro Médico de Campinas
,
Carlos Eduardo Baccin
1   Centro Médico de Campinas
,
Yvens Barbosa Fernandes
1   Centro Médico de Campinas
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Apresentação do caso: Paciente 49 anos, do sexo masculino, hipertenso, com quadro de sensação de pulsação em região temporal direita com piora durante período noturno. Inicialmente tratado como enxaqueca, porém sem sucesso terapêutico. Após três anos da queixa clínica foi feito o diagnostico de fístula artério-dural através de arteriografia cerebral, que demonstrou um shunt arterio-venoso das artérias meningeas média, artérias temporais superficiais, artérias occipitais direitas e ramos da artéria vertebral direita com drenagem para o seio sagital superior. Três tentativas de oclusão total da fístula por via endovascular (transvenoso e transarterial) foram realizados sem melhora dos sintomas. A anatomia tortuosa das artérias foi o principal fator contribuinte para o insucesso dessa modalidade de tratamento. paciente foi submetido a microcirurgia vascular com remoção total da lesão. Houve boa evolução no pós-operatório com desaparecimento do tinitus.

    Discussão: Fístulas artério-durais são malformações encontras entre os folhetos da dura-máter e são supridas por ramificações das artérias carótidas e vertebrais. A presença de refluxo venoso assim como drenagem retrograda são características que corroboram com o risco de sangramento e hipertensão intracraniana. O paciente em estudo apresentava uma fístula artério-venosa tipo Cognard I. A intervenção endovascular não obteve a exclusão da fístula e o tratamento microcirúrgico foi eficaz com exclusão da mesma.

    Conclusão: A suspeição clínica é fundamental para o diagnóstico precoce de fístula artério-dural. O reconhecimento e classificação do tipo de fístula pode nortear o melhor tratamento desse tipo de lesão (endosvascular, neurocirúrgico ou mesmo radiocirurgia).


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