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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2019; 54(03): 288-294
DOI: 10.1055/s-0039-1691761
Artigo Original | Original Article
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revnter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Como os cirurgiões ortopédicos tratam a fratura desviada do colo do fêmur no paciente de meia idade? Pesquisa brasileira com 78 cirurgiões ortopédicos[*]

Article in several languages: português | English
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia Prof. Nova Monteiro, Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Brasil
2   Clínica São Vicente, Rio de Janeiro, Brasil
,
Marcos Giordano
3   Serviço de Traumato-Ortopedia, Hospital de Força Aérea do Galeão, Rio de Janeiro, Brasil
,
Rodrigo Aquino
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia Prof. Nova Monteiro, Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Brasil
,
João Otávio Grossi
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia Prof. Nova Monteiro, Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Brasil
,
Hudson Senna
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia Prof. Nova Monteiro, Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Brasil
,
Hilton Augusto Koch
4   Departamento de Radiologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
› Author Affiliations
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Publication History

04 January 2018

02 July 2018

Publication Date:
27 June 2019 (online)

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Resumo

Objetivo O objetivo do presente estudo foi avaliar as práticas e preferências dos cirurgiões ortopédicos brasileiros para o tratamento da fratura do colo do fêmur no paciente de meia idade.

Métodos Foi elaborado um questionário contendo 10 imagens de fraturas do colo do fêmur enviado a um grupo de 100 ortopedistas, todos membros titulares da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. No questionário, foi perguntada a opção de tratamento para casos de fratura não desviada e desviada do colo do fêmur em pacientes de meia idade, caracterizados como aqueles com idades entre 50 e 69 anos. Foram realizadas análises estatísticas descritiva e inferencial, pelos testes de qui-quadrado (χ2) e exato de Fisher. O critério de determinação de significância adotado foi o nível de 5%.

Resultados O questionário foi respondido por 78% dos ortopedistas convidados a participar do presente estudo. Observou-se que não existe diferença significativa na distribuição do método de tratamento entre as avaliações de generalistas e especialistas (p = 0,16) na amostra de fraturas não desviadas do colo do fêmur. Observou-se que existe diferença altamente significativa na distribuição do método de tratamento entre as avaliações de generalistas e especialistas (p < 0,0001) na amostra de fraturas desviadas do colo do fêmur.

Conclusão A preservação da cabeça femoral por meio da fixação com múltiplos parafusos canulados é o tratamento de escolha para as fraturas não desviadas do colo do fêmur, tanto para os generalistas quanto para os especialistas. Idade cronológica e/ou fisiológica baixas são os principais fatores para esta tomada de decisão. Nos casos em que a fratura do colo do fêmur encontra-se desviada, a substituição da cabeça femoral é a preferência para os dois grupos de ortopedistas (generalistas e especialistas). Nesta situação, os especialistas preferem a artroplastia total do quadril (ATQ) e os generalistas a artroplastia parcial do quadril (APQ).

* Trabalho realizado no Serviço de Ortopedia e Traumatologia Prof. Nova Monteiro, Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.