Resumo
Os sarcomas musculoesqueléticos são doenças raras que exigem atenção. Frequentemente,
apresentam alto grau de malignidade ao diagnóstico e se subestimados podem evoluir
de forma agressiva local e sistemicamente. Apresentam-se como sarcoma de partes moles
e sarcomas ósseos, sendo os de partes moles quatro a cinco vezes mais comuns. A maioria
dos sarcomas de partes moles ocorre nos membros. Os subtipos mais comuns nas crianças
e adolescentes são o rabdomiossarcoma e o sarcoma sinovial, nos adultos o sarcoma
pleomórfico indiferenciado, lipossarcoma, leiomiossarcoma, mixofibrossarcoma e sarcoma
sinovial; todos de alto grau de malignidade histológica. Muitos sarcomas de partes
moles são confundidos com tumores benignos de partes moles, 100 vezes mais comuns,
por isso são ressecados sem o planejamento necessário, acarretando em amputação de
um membro que poderia ter sido preservado. Como em todos os cânceres, o fator prognóstico
mais importante é a doença metastática. Na sua vigência, a taxa de sobrevida global
cai em torno de 20 a 30%. As taxas de sobrevida no geral são parecidas entre os sarcomas
ósseos e de partes moles, portanto o sarcoma de partes moles, além de mais prevalente,
mostra-se tão agressivo quanto os sarcomas ósseos, por isso merece muita atenção dos
ortopedistas que frequentemente são a primeira linha de atendimento dos portadores
destes tumores.
Palavras-chave
epidemiologia - detecção precoce de cancer - metástase - neoplasia - tecido ósseo
- fatores prognósticos - sarcoma de tecidos moles