CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2020; 55(06): 759-763
DOI: 10.1055/s-0040-1712492
Artigo Original
Mão

Fixação percutânea sem enxerto ósseo para pseudartrose do escafóide[*]

Article in several languages: português | English
1   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil
2   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil
2   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil
2   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil
2   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil
2   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Descrever os resultados clínico-radiográficos de pacientes tratados por meio de fixação percutânea sem enxerto ósseo para pseudartrose do escafóide, com seguimento mínimo de seis meses.

Métodos Série de casos de uma amostra de conveniência de grupo de cirurgiões de mão com avaliação prospectiva.. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de pseudartrose do escafóide (cintura ou polo proximal) com as seguintes características: mais de seis meses de histórico; radiografias demonstrando esclerose das bordas da pseudartrose, com reabsorção do foco de pseudartrose menor do que 4 mm (Slade & Gleissler I, II, III e IV), sem deformidade angular; e sem necrose do polo proximal pela ressonância magnética (RM).

Resultados Na avaliação com mais de seis meses, todas as pseudartroses estavam consolidadas e sem maiores complicações. Os resultados funcionais demonstraram boas pontuações nos questionários de disfunções do braço, ombro e mão (disabilities of the arm, shoulder and hand, DASH; n = 12; média: 6,9; desvio padrão [DP]: 2,1) e de avaliação do punho pelo paciente (patient-rated wrist evaluation, PRWE; n = 12; média: 7,97; DP: 1,5). Observou-se pouca dor residual de acordo com a escala visual analógica (EVA; n = 12; média: 0,71; DP: 0,2). Houve discreta diminuição da flexão (69 versus 59,1; p = 0,007), da extensão (62,4 versus 48,7; p = 0,001) e do desvio radial (29,6 versus 24.6; p = 0,014) em comparação ao lado contralateral.

Conclusões Nesta série, todos os casos estavam consolidados ao sexto mês de avaliação, com bom status funcional. Trata-se de uma opção promissora (menor demanda técnica e morbidade) para o tratamento da pseudartrose do escafóide. Estudos comparativos serão úteis para avaliar a efetividade da técnica com relação a outras opções.

* Trabalho desenvolvido no Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil.




Publication History

Received: 20 September 2019

Accepted: 02 March 2020

Article published online:
24 September 2020

© 2020. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Lee SK. Fractures of the carpal bones. In: Green D, Hotchkiss R, Pederson W, Wolfe S. editors. Green's operative hand surgery. 7th ed. Philadelphia: Churchill Livingstone; 2016
  • 2 Pinder RM, Brkljac M, Rix L, Muir L, Brewster M. Treatment of Scaphoid Nonunion: A Systematic Review of the Existing Evidence. J Hand Surg Am 2015; 40 (09) 1797-1805.e3
  • 3 Quadlbauer S, Pezzei C, Beer T. et al. Treatment of scaphoid waist nonunion by one, two headless compression screws or plate with or without additional extracorporeal shockwave therapy. Arch Orthop Trauma Surg 2019; 139 (02) 281-293
  • 4 Kim JK, Kim JO, Lee SY. Volar percutaneous screw fixation for scaphoid waist delayed union. Clin Orthop Relat Res 2010; 468 (04) 1066-1071
  • 5 Capo JT, Shamian B, Rizzo M. Percutaneous screw fixation without bone grafting of scaphoid non-union. Isr Med Assoc J 2012; 14 (12) 729-732
  • 6 Haddad FS, Goddard NJ. Acute percutaneous scaphoid fixation. A pilot study. J Bone Joint Surg Br 1998; 80 (01) 95-99
  • 7 Slade III JF, Jaskwhich D. Percutaneous fixation of scaphoid fractures. Hand Clin 2001; 17 (04) 553-574
  • 8 Geissler WB. Arthroscopic management of scaphoid fractures in athletes. Hand Clin 2009; 25 (03) 359-369
  • 9 Orfale AG, Araújo PM, Ferraz MB, Natour J. Translation into Brazilian Portuguese, cultural adaptation and evaluation of the reliability of the Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand Questionnaire. Braz J Med Biol Res 2005; 38 (02) 293-302
  • 10 Goldhahn J, Shisha T, Macdermid JC, Goldhahn S. Multilingual cross-cultural adaptation of the patient-rated wrist evaluation (PRWE) into Czech, French, Hungarian, Italian, Portuguese (Brazil), Russian and Ukrainian. Arch Orthop Trauma Surg 2013; 133 (05) 589-593
  • 11 Paranaíba VF, Santos JBGD, Raduan Neto J, Moraes VY, Belotti JC, Faloppa F. PRWE application in distal radius fracture: comparison and correlation with established outcomes. Rev Bras Ortop 2017; 52 (03) 278-283
  • 12 Revill SI, Robinson JO, Rosen M, Hogg MI. The reliability of a linear analogue for evaluating pain. Anaesthesia 1976; 31 (09) 1191-1198
  • 13 Barton NJ. Experience with scaphoid grafting. J Hand Surg Br 1997; 22 (02) 153-160
  • 14 Schuind F, Haentjens P, Van Innis F, Vander Maren C, Garcia-Elias M, Sennwald G. Prognostic factors in the treatment of carpal scaphoid nonunions. J Hand Surg Am 1999; 24 (04) 761-776
  • 15 Hegazy G. Percutaneous Screw Fixation of Scaphoid Waist Fracture Non-Union Without Bone Grafting. J Hand Microsurg 2015; 7 (02) 250-255
  • 16 Vanhees M, van Riet RRP, van Haver A, Kebrle R, Meermans G, Verstreken F. Percutaneous, Transtrapezial Fixation without Bone Graft Leads to Consolidation in Selected Cases of Delayed Union of the Scaphoid Waist. J Wrist Surg 2017; 6 (03) 183-187
  • 17 Geoghegan JM, Woodruff MJ, Bhatia R. et al. Undisplaced scaphoid waist fractures: is 4 weeks' immobilisation in a below-elbow cast sufficient if a week 4 CT scan suggests fracture union?. J Hand Surg Eur Vol 2009; 34 (05) 631-637
  • 18 de Moraes VY, Ferrari PM, Gracitelli GC, Faloppa F, Belloti JC. Outcomes in orthopedics and traumatology: translating research into practice. Acta Ortop Bras 2014; 22 (06) 330-333
  • 19 Slade 3rd JF, Gillon T. Retrospective review of 234 scaphoid fractures and nonunions treated with arthroscopy for union and complications. Scand J Surg 2008; 97 (04) 280-289