Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(05): 876-883
DOI: 10.1055/s-0041-1732389
Artigo Original
Ombro e Cotovelo

Tratamento das rupturas irreparáveis do manguito rotador: Reconstrução capsular superior com aloenxerto de fáscia lata

Article in several languages: português | English

Authors

  • Rodrigo Alves Beraldo

    1   Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Ombro e Cotovelo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Mauro Emilio Conforto Gracitelli

    1   Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Ombro e Cotovelo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Eduardo Angeli Malavolta

    1   Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Ombro e Cotovelo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Jorge Henrique Assunção

    1   Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Ombro e Cotovelo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Fernando Brandão de Andrade e Silva

    1   Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Ombro e Cotovelo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Arnaldo Amado Ferreira Neto

    1   Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Ombro e Cotovelo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Resumo

Objetivo O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da reconstrução capsular superior (RCS) com a utilização do aloenxerto de fáscia lata.

Métodos Uma série de casos prospectivos de 15 pacientes com ruptura irreparável do supraespinhal foi submetida a RCS com aloenxerto de fáscia lata, sendo adotada como desfecho primário a escala American Shoulder and Elbow Surgeons (ASES, na sigla em inglês) aos 12 meses do pós-operatório. Como desfechos secundários, foram adotadas as escalas da University of California Los Angeles (UCLA, na sigla em inglês), Constant-Murley, e Single Assessment Numeric Evaluation (SANE, na sigla em inglês), além da amplitude de movimento. Os parâmetros radiológicos também foram avaliados por radiografias simples e ressonância magnética (RM).

Resultados Quinze pacientes completaram 12 meses de acompanhamento pós-operatório. O escore ASES aumentou de 34,0 para 73,0 (p = 0,005). As escalas UCLA, Constant-Murley e SANE também apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p = 0,001; p = 0,005; e p = 0,046). Na avaliação da amplitude de movimento, houve melhora na elevação e rotação externa (95 a 140°, p = 0,003; 30 a 60°, p = 0,007). Seis pacientes (40%) tiveram cicatrização completa do enxerto. Os desfechos clínicos foram significativamente maiores nos pacientes que apresentaram cicatrização do enxerto.

Conclusões A RCS com aloenxerto de fáscia lata é um procedimento seguro e eficaz com um curto acompanhamento de tempo. Nível de evidência IV; Estudo Terapêutico; Série de casos.

Contribuições dos autores

Cada autor contribuiu individual e significativamente para o desenvolvimento deste artigo:


RAB: redigiu o artigo; realizou as cirurgias; coleta de dados; aprovou a versão final.


MECG: redação do artigo; realizou as cirurgias; acompanhamento dos pacientes; aprovou a versão final.


EAM: análise estatística; revisão bibliográfica; aprovou a versão final.


JHA: interpretou os resultados do estudo; revisão bibliográfica; exame clínico; aprovou a versão final.


FBAS: coleta de dados; levantamento dos prontuários médicos; acompanhamento dos pacientes; aprovou a versão final.


AAFN: participou do processo de revisão; exame clínico; aprovou a versão final.


* Trabalho desenvolvido no Grupo de Ombro e Cotovelo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.




Publication History

Received: 21 October 2020

Accepted: 11 February 2021

Article published online:
11 November 2021

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