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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(06): 1014-1021
DOI: 10.1055/s-0041-1740470
Artigo Original
Joelho

Medidas de desfechos clínicos na meniscectomia artroscópica: Pontuações de joelho segundo médicos e pacientes

Article in several languages: português | English
1   Translational and Clinical Research Institute, Faculty of Medical Sciences, Newcastle University, Framlington Place, Newcastle-upon-Tyne, Reino Unido
2   Departamento de Trauma e Cirurgia Ortopédica, South Tyneside Hospital, Harton Lane, South Tyneside, Reino Unido
,
Lee Shepstone
3   Medical School, University of East Anglia, Earlham Road, Norwich, Reino Unido
,
Simon T. Donell
3   Medical School, University of East Anglia, Earlham Road, Norwich, Reino Unido
› Author Affiliations

Financiamento O presente estudo foi financiado pelo Gwen Fish Charity Trust, pelo Norfolk and Norwich University Hospital Research Fund e pelo Action Arthritis Charity Trust.
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Resumo

Objetivo O objetivo do presente estudo foi investigar a diferença entre instrumentos de desfechos preenchidos por médicos e pacientes na detecção de melhora após a meniscectomia artroscópica para tratamento de rupturas de menisco.

Métodos Trinta e quatro pacientes com rupturas de menisco foram avaliados de forma prospectiva usando 9 medidas de desfechos clínicos. Os cinco instrumentos de avaliação de joelho respondidos por médicos foram o Escore de Atividade de Tegner, o Escore de Joelho de Lysholm, o Escore de Joelho de Cincinnati, o Escore de Exame do Joelho do International Knee Documentation Committee (IKDC, na sigla em inglês) e o Escore de Classificação do Menisco de Tapper e Hoover. Os quatro instrumentos de avaliação do joelho respondidos por pacientes foram o Escore Subjetivo do Joelho do IKDC, a Pesquisa de Desfecho de Joelho – Escala de Atividades de Vida Diária (KOS-ADLS, na sigla em inglês), o Formulário Curto de Pesquisa em Saúde de 12 Itens (SF-12, na sigla em inglês) e o Escore de Desfecho de Osteoartrite e Lesões no Joelho (KOOS, na sigla em inglês). Vinte e nove dos 34 pacientes foram submetidos a uma meniscectomia artroscópica e reavaliados com todos os 9 instrumentos na sua consulta de acompanhamento.

Resultados Uma melhora longitudinal significativa foi observada em 4 dos 5 instrumentos respondidos por médicos (Tegner [p < 0,001], Lysholm [p = 0,004], Cincinnati [p = 0,002] e Tapper e Hoover [p < 0,001], mas não no IKDC [p = 0,332]). Por outro lado, o Escore Subjetivo do Joelho do IKDC (p = 0,021) foi o único instrumento respondido por pacientes a demonstrar melhora pós-operatória significativa.

Conclusão De modo geral, os instrumentos respondidos por médicos foram considerados inconsistentes em relação àqueles respondidos por pacientes. O modo de administração dos instrumentos pode ter influência significativa nos resultados, tanto para fins de pesquisa quanto para a prática clínica. A combinação de um instrumento respondido pelo médico com um instrumento respondido pelo paciente pode ser uma abordagem mais equilibrada para a avaliação e a quantificação das rupturas do menisco e do desfecho após a meniscectomia artroscópica.



Publication History

Received: 05 April 2021

Accepted: 13 August 2021

Article published online:
21 January 2022

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