Open Access
CC BY 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2024; 59(03): e462-e466
DOI: 10.1055/s-0042-1742341
Nota Técnica
Pé e Tornozelo

Pé em espelho: Abordagem cirúrgica para melhora estética e funcional

Artikel in mehreren Sprachen: português | English
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil
,
Jefferson Soares Martins
2   Unidade do Sistema Músculoesquelético, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil
3   Grupo de Pé e Tornozelo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil
,
Igor Matsuy Pacheco Lehnen
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil
,
Gabriella de Figueiredo Rodrigues
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil
,
Luiz Fernando Batista Santana
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil
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Resumo

O pé em espelho é uma anomalia congênita rara, pertencente ao espectro das polidactilias complexas dos pés. Pode ocorrer isoladamente ou associado a outras malformações ou síndromes genéticas. Trata-se de um tema pouco descrito na literatura, com escassas publicações acerca do seu tratamento. Relatamos o caso de uma paciente de 4 anos de idade que apresentava pé esquerdo com 8 dedos, sem outras deformidades associadas, cujas queixas incluíam a impossibilidade de usar calçados fechados e estigma social. Radiograficamente, verificou-se a presença de oito metatarsos com suas respectivas falanges, cinco ossos cuneiformes, e ausência de deformidades ósseas no retropé. Optou-se pela abordagem cirúrgica visando uma melhoria funcional e estética, bem como melhor adaptação ao uso de calçados fechados, conforme desejo da paciente e família. Realizou-se incisão em V dorsal e plantar com ressecção de três raios supranumerários, incluindo três metatarsos centrais com suas nove falanges correspondentes, dois ossos cuneiformes, tendões e nervos digitais extras, seguidas da sutura dos ligamentos intermetatarsais, preservando os dedos com aparência normal, diminuindo a largura do pé, e mantendo seu apoio adequado. A redução foi mantida por fixação transmetatarsal com fios de Kirschner. O pós-operatório seguiu com uso de tala bota e carga zero, sem intercorrências, retirando-se os fios de Kirschner e liberando carga no membro após doze semanas.

Suporte Financeiro

Os autores declaram que não receberam suporte financeiro de agências dos setores público, privado, ou semfins lucrativos para a realização deste estudo.


Trabalho desenvolvido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Goiânia, GO, Brasil.




Publikationsverlauf

Eingereicht: 28. Juni 2021

Angenommen: 14. Oktober 2021

Artikel online veröffentlicht:
15. Februar 2022

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