Resumo
Objetivo Avaliar e comparar a migração obtida pelo componente tibial na Artroplastia Total
de Joelho (ATJ) cimentada, não cimentada sem revestimento e não cimentada com revestimento
de hidroxapatita aos 2, 5 e 10 anos pós operatório.
Métodos Esta metanálise foi conduzida de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic
Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foi realizada busca a partir das bases de dados
PubMed e MeSH no período de junho a julho de 2022.
Resultados Oito ensaios clínicos randomizados foram incluídos. Um total de 668 joelhos submetidos
a ATJ foram avaliados. Observou-se que a média de Maximun Total Point Motion (MTPM) nas ATJ cimentada foi maior em experimentos com cinco anos com média de 0,67 mm
(IC95% - 0,52 a 0,87), as ATJ não cimentadas com revestimento de hidroxapatita também
obtiveram maior média neste período (1mm; IC95% - 0,82 a 1,22). Em ATJ não cimentada
sem revestimento o maior MTPM médio ocorreu no período de 10 anos (1,30mm; IC95% -
0,70 a 2,39). O MTPM foi estatisticamente semelhante no curto e longo prazo ao comparar
as técnicas cimentada e não cimentada, com diferença média padronizada -0,65 (IC95%,
-1,65 a 0,35).
Conclusão A migração obtida pelo componente tibial na artroplastia total de joelho (ATJ) foi
estatisticamente semelhante em 2, 5 e 10 anos ao comparar as técnicas cimentada e
não cimentada (com e sem revestimento). Entretanto, devido ao pequeno número de artigos
existentes, são necessários mais estudos clínicos sobre tais técnicas e com maior
tempo de acompanhamento.
Palavras-chave artroplastia do joelho - durapatita - cimentos ósseos - prognóstico