Abstract
Based on my work as a clinical neurologist with more than 50 years of experience in
caring for patients with Alzheimer's disease (AD), I focus, in this review article,
on the disease's two fundamental aspects for the doctor: diagnosis and treatment.
The 1984 diagnostic criteria had been stable for more than a quarter of a century
when it was replaced in 2011. Since then, there have been many discoveries, especially
of biomarkers that have a heavy impact on the diagnosis of AD. Recently, AD biomarkers
have become available in plasma, which certainly will cause a major change in the
diagnosis of biological AD, a term that still needs care and information to society
before being used in clinical practice. Three monoclonal antibodies against β-amyloid
peptide have also been recently approved, and two of these have shown a small but
statistically significant effect on clinical outcome. These monoclonal antibodies
have had a greater effect on the reduction of amyloid plaques in the brain assessed
by positron emission tomography (PET), and on the concentration of biomarkers in the
cerebrospinal fluid (β-amyloid peptide with 42 amino acids and hyperphosphorylated
tau protein) than in the neuropsychological and functional assessments. Even this
small clinical effect will be encouraging for the development of new research, particularly
helped by the greater ease of diagnosis and monitoring of the evolution of AD pathophysiology
with plasma biomarkers. Recently, new diagnostic criteria for AD were presented by
the Alzheimer's Association, causing controversy about their use in clinical practice.
Resumo
Com base na minha atividade de neurologista clínico com mais de 50 anos de experiência
no atendimento de pacientes com doença de Alzheimer (DA), foco neste artigo de revisão
nos dois aspectos fundamentais da doença para o médico: o diagnóstico e o tratamento.
Os critérios diagnósticos de 1984 permaneceram estáveis por mais de um quarto de século
quando foram substituídos em 2011. Desde então, muitas descobertas foram feitas, especialmente
de biomarcadores que têm grande impacto no diagnóstico da DA. Recentemente, biomarcadores
de DA tornaram-se disponíveis no plasma, o que certamente causará uma grande mudança
no diagnóstico da DA biológica, termo que ainda necessita de cuidados e informações
para a sociedade antes de ser utilizado na prática clínica. Três anticorpos monoclonais
contra o peptídeo β-amiloide também foram aprovados recentemente e dois deles mostraram
efeito pequeno, mas estatisticamente significativo, no resultado clínico. Esses anticorpos
monoclonais tiveram maior efeito na redução de placas amiloides no cérebro avaliadas
por tomografia por emissão de pósitrons (positron emission tomography, PET, em inglês) e na concentração de biomarcadores no líquido cefalorraquidiano
(peptídeo β-amiloide com 42 aminoácidos e proteína tau hiperfosforilada) do que nas
avaliações neuropsicológicas e funcionais. Mesmo este pequeno efeito clínico poderá
ser encorajador para o desenvolvimento de novas pesquisas, particularmente auxiliado
pela maior facilidade de diagnóstico e monitoramento da evolução da fisiopatologia
da DA com biomarcadores plasmáticos eficientes para diagnóstico ou controle evolutivo.
Recentemente, novos critérios diagnósticos para a DA foram apresentados pela Alzheimer's
Association causando controvérsia quanto ao seu emprego na prática clínica.
Keywords
Alzheimer Disease - Biomarkers - Cholinesterase Inhibitors - Memantine - Neuroimaging
- Antibodies, Monoclonal
Palavras-chave
Doença de Alzheimer - Biomarcadores - Inibidores da Colinesterase - Memantina - Neuroimagem
- Anticorpos Monoclonais
Bibliographical Record
Ricardo Nitrini. Alzheimer's disease: part 2 – the present. Arq Neuropsiquiatr 2024;
82: s00441791755.
DOI: 10.1055/s-0044-1791755