Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796705
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TEMÁRIO: PULMÃO

AMPLIFICAÇÃO DE EGFR COMO NOVO MECANISMO DE RESISTÊNCIA IDENTIFICADO EM BIÓPSIAS LÍQUIDAS SERIADAS DURANTE O USO DE OSIMERTINIBE EM CARCINOMA DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC) - RELATO DE UM CASO

Bruna Migliavacca Zucchetti
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Franciele Knebel
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Fabiana Bettoni
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Andrea Kazumi Shimada
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Manuel Cruz
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
João Vitor Alessi
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Marcelo V. Negrao
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Luiz Fernando Reis
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Artur Katz
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Anamaria Camargo
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
› Institutsangaben

Apresentação: Paciente com diagnóstico de carcinoma de pulmão não pequenas células metastático. Biópsia tecidual mostrou presença de mutação ativadora do EGFR Del19. Em 05/2015 iniciou tratamento com erlotinibe com resposta clínica e radiológica significativa por 6 meses. Em 11/2015 apresentou nova progressão de doença (PD) e o erlotinibe foi descontinuado. Em 02/2016 foi realizada biópsia hepática que revelou a presença de mutação T790M por Next-Generation Sequencing. Nesta época a paciente foi incluída em protocolo de pesquisa institucional para pesquisa seriada de DNA tumoral circulante no plasma (cDNA). Inicialmente foram encontradas a mutação ativadora (EGFR del19) e a mutação de resistência (T790M). Em 03/2016 paciente iniciou tratamento com osimertinibe e as duas mutações tornaram-se indetectáveis no plasma 14 dias após o início da medicação. Os exames de imagem realizados um mês após o início do osimertinibe exibiam resposta parcial, em concordância com os resultados do cDNA. Ambas as mutações permaneceram indetectáveis no plasma por 4 meses. A partir de 08/2016 houve aumento progressivo das duas mutações no cDNA, porém paciente ainda mantinha resposta parcial radiológica. Em 10/2016, 7 meses após o início do osimertinibe, evoluiu com PD clínica e radiológica. O desenvolvimento da resistência ao osimertinib foi acompanhado do aparecimento de uma pequena população celular portadora da mutação EGFR C797S e o aparecimento de uma subpopulação mais numerosa portando cópias amplificadas do EGFR-exon19del. Discussão: Biópsia líquida seriada oferece a possibilidade de monitorar as alterações dinâmicas de mutações “drivers” com alta sensibilidade e especificidade e permite identificar precocemente mutações de resistência terciária antes mesmo da PD clínica e radiológica. A amplificação do EGFR é bem descrita nos pacientes com resistência ao uso de erlotinibe, porém, neste caso, esta alteração foi identificada como o principal mecanismo de resistência ao osimertinibe. Conclusão: A realização de biópsias liquidas seriadas é factível, permite acompanhar resposta ao tratamento e avaliar de maneira dinâmica a evolução molecular da doença, permitindo neste caso não somente a identificação da emergência de subpopulação celular como um mecanismo de resistência previamente descrito (EGFR C797S), como a identificação da amplificação de EGFR-exon19del como um mecanismo de resistência ao osimertinib que não havia sido previamente descrito.



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Artikel online veröffentlicht:
10. Juli 2025

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