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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796727
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TEMÁRIO: MELANOMAS

IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DE SEGUNDA LINHA DE PACIENTES COM MELANOMA AVANÇADO: REVISÃO SISTEMÁTICA, CUSTO-EFETIVIDADE E IMPACTO ORÇAMENTÁRIO

Vinícius Corrêa da Conceição
1   GRUPO SONHE
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Adriana Camargo de Carvalho
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Frederico Leal
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Andre Deeke Sasse
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Vivian Castro Antunes de Vasconcelos
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David Pinheiro Cunha
1   GRUPO SONHE
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Introdução: A introdução da imunoterapia e de terapias alvo tem mudado o prognóstico de pacientes com melanoma metastático, tanto em primeira linha quanto em pacientes que falharam ao tratamento quimiote-rápico. No entanto, na saúde pública brasileira, a quimioterapia exclusiva baseada em Dacarbazina ainda se mantém como tratamento padrão. De forma inovadora, a avaliação de novas tecnologias foi definida como prioritária pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, e uma proposta de incorporação do Ipilimumabe junto ao Comitê Nacional de Incorporação de Tecnologia de Saúde (CONITEC) foi realizada. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança do Ipilimumabe no tratamento de pacientes com melanoma avançado, após falha de quimioterapia; realizar análise de custo-efetividade e avaliar o impacto orçamentário referente à sua incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS). Método: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura para avaliar o impacto do uso de Ipilimumabe em 2a linha para pacientes com melanoma metastático. Análise de custo-efetividade foi desenvolvida através de modelo de Markov na perspectiva do SUS para apresentar a razão de custo-efetivida-de incremental (RCEI) por ano de vida salvo. Avaliação de impacto orçamentário foi calculada através de dados epidemiológicos e de custo dos tratamentos disponíveis no Brasil. Resultados: Em comparação ao suporte clínico exclusivo, o uso de ipilimumabe em monotera-pia, por 4 ciclos, é eficaz, e tem impacto clinicamente significativo em sobrevida global nos pacientes com melanoma metastático. A toxicidade pode ser severa, mas é manejável. No modelo econômico, pacientes em suporte exclusivo obtiveram expectativa de vida de 0,9 anos, enquanto aqueles tratados com ipilimumabe tiveram estimativa de 1,63 anos de vida (incremento de 0,71 anos). O custo incremental para a incorporação do ipilimumabe foi de R$ 145 mil, com RCEI de R$ 205 mil por ano de vida ganho. O impacto orçamentário anual foi estimado em R$ 50 milhões Conclusões O uso de ipilimumabe em 2a linha é eficaz e aumenta a sobrevida de pacientes com melanoma metastático. No entanto, sua incorporação no SUS com os preços atuais não seria uma estratégia custo-efetiva. Uma redução de 58,5% no preço do ipilimumabe seria necessária para tornar a estratégia custo-efetiva no Brasil.



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10 July 2025

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