Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796736
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TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)

ASSOCIAÇÃO DE UM POLIMORFISMO NO GENE ABCC4 COM A RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO QUIMIOTERAPIA A BASE DE FLUOROPIRIMIDINAS

Marianne Rodrigues Fernandes
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Juliana Carla Gomes Rodrigues
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Darlen Cardoso de Carvalho
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Amanda Cohen Castro
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Luciana Pereira Colares Leitão
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Williams Fernandes Barra
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Antonio Andre Conde Modesto
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Sidney Emanuel Batista dos Santos
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Ney Pereira Carneiro dos Santos
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
› Author Affiliations

Introdução: O esquema terapêutico com base em fluoropirimidinas tem sido a conduta quimioterápica mais utilizada em todo o mundo em vários tipos de tumores sólidos, incluindo câncer gástrico e colorretal. Poucos estudos na literatura especializada relataram a influência de marcadores farmacogenômicos em populações miscigenadas como a população brasileira. Objetivo: Investigar a variabilidade farmacogenómica de diferentes biomarcadores em farmacogenes envolvidos na via de metabolismo das fluoropirimidinas em pacientes com câncer gástrico ou câncer colorretal, subestruturados de acordo com a resposta ao tratamento. Método: Foram incluídos 216 pacientes com câncer colorretal ou gástrico que receberam tratamento quimioterápico a base de fluoropirimidinas. Foram investigados 32 SNPs em 16 farmacogenes (ABCB1, ABCC2; ABCC4; ABCG2, CYP2A6, DPYD, FPGS, ITGB5, MTHFR, SLC22A7, SLC29A1, TP53, UMPS, GGH, RRM1, TYMP) utilizando a tecnologia TaqMan OpenArray Genotyping, no QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR System. Resultados: A maioria dos pacientes envolvidos neste estudo possuíam estadiamento tumoral avançado: III (42,6%) e IV (39,8%). Todos os pacientes receberam 5-FU, isoladamente (7.4%) ou em associação com outros fármacos, sendo o esquema de tratamento mais frequente: 5-FU combinado a leucovorin (41,2%), seguido por FOLFOX (40,3%) e FOLFIRI (11,1%). Para as análises, os pacientes foram classificados quanto à presença de resposta radiológica, clínica ou total (clínica e radiológica), neste caso a mais frequente entre os pacientes foi resposta clínica (32,4%). O subestruturamento populacional não foi influente nos resultados de associação para os polimorfismos farmacogenéticos com o uso de fluoropirimidinas. Na análise de regressão logística utilizando como covariáveis de risco: idade, gênero, estadiamento tumoral, ancestralidade européia, administração quimioterápica por bolus, radioterapia, tipo de tratamento e tipo de tumor, foi encontrado um polimorfismo (rs148551) no gene ABCC4 com associação significativa de risco para a resposta ao tratamento com fluoropirimidinas. O modelo dominante de investigação no gene ABCC4 apresentou associação significativa com um efeito de resistência ao tratamento quimioterápico em torno de 70% (p=0,0056; OR 0,28). Conclusão: O polimorfismo (rs148551) no gene ABCC4 demonstrou ser um importante biomarcador preditivo de resposta à quimioterapia com uso de fluoropirimidinas.



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Article published online:
10 July 2025

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