Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796738
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TEMÁRIO: TUMORES TGI INFERIOR (COLON / RETO / ÂNUS)

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA E EFICÁCIA DA FOSFOETANOLAMINA SINTÉTICA EM PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL AVANÇADO

Milena Perez Mak
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Thomas Giollo Rivelli
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Luiz Antonio Senna Leite
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Giovanni Mendonça Bariani
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Leonardo Gomes da Fonseca
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Anezka Rubin de Celis Ferrari
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Rachel Simoes Pimenta Riechelamnn
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Jorge Sabbaga
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Paulo Marcelo Gehm Hoff
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
› Author Affiliations

Introdução: A fosfoetanolamina (FEA) é uma amina primária e que possui papel central na biossíntese dos fosfolípides de membrana celular. Estudos pré-clínicos sugeriram potencial antitumoral da FEA a partir da observação dos efeitos citotóxicos em células tumorais com os análogos sintéticos de lisofosfatidilcolina, uma nova categoria de medicamentos coletivamente chamados de alquilfosfolípides antineoplásicos que apresentam como alvo as membranas celulares. Dado que esta substância vinha sendo utilizada com tratamento alternativo por pacientes oncológicos e sem relatos conhecidos de toxicidades, este estudo de fase II foi conduzido. Objetivo: Estudo de fase II de múltiplas coortes segundo o método de Simon de 2 fases, com objetivo primário de determinar a taxa de resposta radiológica por RECIST versão 1.1 em 8 semanas da FEA em monoterapia. Os objetivos secundários foram toxicidades relacionadas ao tratamento, sobrevida global (SG), sobrevida livre de progressão (SLP). Método: Considerando um erro alfa de 5% e beta de 10% seriam necessárias 2 de 21 respostas na primeira fase para prosseguir a segunda fase. Foram incluídos pacientes com tumores sólidos avançados em múltiplas coortes. Descrevemos a seguir a coorte de pacientes com câncer colorretal metastáticos (CCRm), refratários ao menos a 5-fluoruracil, oxaliplatina e irinotecano, com performance status (PS-ECOG) 0 ou 1, com progressão de doença (PD) dentro dos últimos 3 meses e adequadas funções renal, hematológica e hepática. Pacientes com doença em sistema nervoso central não controlada foram excluídos. A FEA foi utilizada via oral na dose de 1500mg/dia por 21 dias, seguida de 1000mg/dia continuamente em ciclos de 28 dias. Resultados: Entre Julho de 2016 e Fevereiro de 2017 foram incluídos e tratados 21 pacientes, com idade mediana de 56 anos (28-69), em sua maioria de sexo masculino (66,7%), metastáticos ao diagnóstico (66,7%) e com PS-ECOG 0 (52,4%) e que receberam em média 3,19 linhas prévias de tratamento. Os pacientes foram tratados em média por 1,76 meses, sendo observada doença estável em 8 (38%) pacientes e PD em 13 (62%) pacientes na primeira avaliação de resposta. A SLP mediana foi de 1 mês (IC 95% 0,36; 1,64) e a SG mediana de 7 meses (IC 95% 5,39; 8,61). Não houve toxicidade significativa, sendo observada elevação de transaminase grau 3 em um paciente. Conclusão: Nas doses estudadas, embora bem tolerada, a FEA não demonstrou sinais mínimos de eficácia em pacientes com CCRm.



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Article published online:
10 July 2025

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