Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796745
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TEMÁRIO: TUMORES DE MAMA

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE MUTAÇÕES EM ESR-1 NO DNA CIRCULANTE DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO RE POSITIVO RESISTENTES A TERAPIA HORMONAL

Fabiana Bettoni
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Franciele H. Knebel
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Rudinei D.M. Linck
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Andrea K. Shimada
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
João Victor Alessi
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Bruna M. Zucchetti
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Max S. Mano
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Artur Katz
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Paulo M.G. Hoff
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
,
Anamaria A. Camargo
1   HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS
› Author Affiliations

Introdução: Aproximadamente 70% dos tumores de mama expressam o receptor de estrógeno α (RE). A grande maioria desses tumores respondem bem a terapia com drogas capazes de inibir a produção de estrógeno (inibidores de aromatase) ou atuar diretamente no receptor (moduladores ou bloqueadores). No entanto, pacientes com doença metastática que respondem inicialmente a terapia anti-estrogênica invariavelmente progridem e desenvolvem doença hormônio independente. Mutações ativadoras no gene ESR-1, que codifica o RE, foram descritas em tumores avançados de mama RE positivos resistentes a terapia anti-estrogênica, em especial ao tratamento com inibidores de aromatase. Estas mutações estão localizadas no domínio de ligação ao ligante resultando em uma ativação constitutiva do receptor. Estudos recentes descreveram a presença de mutações em ESR-1 também no DNA tumoral circulante (ctDNA) de pacientes com câncer de mama metastático, reafirmando a relação causal entre a presença de mutações em ESR-1 e a resistência adquirida a terapia com inibidores de aromatase. Objetivo: Determinar a frequência de mutações em ESR-1 no ctDNA de pacientes com câncer de mama metastático RE positivo tratadas com terapia anti-estrogênica e que tenham apresentado falha terapêutica. Método: Foram selecionadas pacientes com câncer de mama metastático RE positivo que progrediram após tratamento com inibidor de aromatase. A detecção de mutações em ESR-1 (L536R, Y537C/N/S, D538G) foi realizada através da metodologia de PCR digital a partir de uma amostra de 6ml de plasma. Resultados: Foram incluídas até o momento 15 pacientes e dessas 60% apresentaram pelo menos uma mutação em ESR-1 no ctDNA. As alterações D538G e Y537N foram as mais frequentemente detectadas nessas pacientes. O maior intervalo entre a interrupção do tratamento com inibidor de aromatase e a detecção de mutações de ESR-1 no ctDNA foi de 2 anos e 4 meses corroborando com os dados da literatura que mostram que mutações em ESR-1 permanecem detectáveis no DNA circulante por meses ou até anos após a interrupção da terapia anti-estrogênica. Conclusão: Foi possível determinar a presença de mutações em ESR-1 no ctDNA de 60% das pacientes com câncer de mama metastático RE positivo que progrediram na vigência de terapia anti-estrogênica, mesmo após longos períodos de interrupção do tratamento.



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Article published online:
10 July 2025

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