RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME METABÓLICA E CÂNCER COLORRETAL

Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. É importante destacar a associação da SM com a doença cardiovascular. Os critérios que compõe essa síndrome são aumento da circunferência abdominal (homens > 102 cm, mulheres > 88 cm), triglicerídeos ≥ 150 mg/dL, HDL colesterol (homens < 40 mg/dL, mulheres < 50 mg/dL), pressão arterial ≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg e glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL. São necessários 3 ou mais componentes para o diagnóstico. O Câncer colorretal (CCR) é o terceiro câncer mais comum e tem sido estudado sua relação com a síndrome metabólica. Objetivo: Avaliar a relação entre síndrome metabólica e CCR em homens e mulheres pré e pós-menopausa. Método: Coorte retrospectiva composta por pacientes com diagnóstico de CCR em acompanhados pelo serviço do Hospital Estadual de Bauru entre 2006-2016. Os dados clínicos foram coletados de prontuários. Na análise de dados foram utilizadas estatísticas descritivas e teste do qui-quadrado. Foram significativos os resultados com p≤0,05. Resultados: Foram analisados os dados de 893 pacientes diagnosticados com CCR, dos quais 40,53% eram homens e 48,87% mulheres, destas 82,76% eram pós-menopausadas. Foi observado aumento de síndro-me metabólica em pacientes do sexo masculino e em mulheres na pós-menopausa, relação esta que não foi evidenciada em mulheres jovens (p<0.05). Não foi encontrado aumento da mortalidade nos pacientes com síndrome metabólica, (p<0,03), porém sabe-se que esses pacientes apresentam maior morbidade. Uma limitação do estudo foi analisar os componentes da síndro-me apenas no momento da admissão do paciente, não acompanhando as mudanças dos seus valores ao longo do tempo. Conclusão: diretrizes mais recentes para o rastreamento do CCR são amplamente recomendadas com base na idade, mas as populações em risco, incluindo a síndrome metabólica, podem exigir triagem precoce. Dessa forma, o reconhecimento dessa como fator de risco nos alerta para uma possível análise dos benefícios potenciais de recomendações alternativas de triagem.

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Artikel online veröffentlicht:
10. Juli 2025