Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796768
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TEMÁRIO: HEMATOLOGIA

ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NO GENE ABCC4 COM A RESPOSTA AO TRATAMENTO COM MESILATO DE IMATINIBE EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Tereza Cristina de Brito Azevedo
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Darlen Cardoso de Carvalho
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Marianne Rodrigues Fernandes
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Natasha Monte da Silva
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Juliana Carla Gome Rodrigues
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Luciana Pereira Colares Leitão
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Roberta Borges Andrade
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Amanda de Nazaré Cohen Lima de Castro
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Ney Pereira Carneiro dos Santos
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
› Author Affiliations

Introdução: A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é a proliferação excessiva das células de linhagem granulocítica do sistema hematopoiético e tem como principal característica a presença do cromossomo Filadélfia, que consiste na translocação cromossômica recíproca dos cromossomos 9 e 22 [t(9;22) (q34; q11)], leva à formação da proteína BCR-ABL com atividade enzimática tirosina-quinase desregulada. O tratamento de primeira linha para LMC é feita com o uso do mesilato de imatinibe, um inibidor de tirosina-quinase. Ainda que este seja um fármaco alvo específico, a literatura relata a falha da resposta de cerca de 25% dos pacientes durante o tratamento da LMC, o que pode estar associado à variabilidade genética individual. Os genes da família ABC codificam proteínas transportadoras que medeiam o transporte de substâncias, incluindo medicamentos, nas células. Polimorfismos genéticos que alteram a funcionalidade das proteínas codificadas por esses genes têm sido relacionadas à resistência de vários fármacos utilizados na prática clínica, incluindo o mesilato de imatinibe. Desta forma, investigar polimorfismos nestes genes pode auxiliar o esclarecimento da falta de resposta ao fármaco estudado. Logo, o objetivo deste estudo foi analisar os polimorfismos rs9524885 (C>T), rs4148551 (T>C) e rs3742106 (A>C) no gene ABCC4 como possível marcador de resposta ao mesilato de Imatinibe. A população de estudo foi constituída de 105 pacientes com LMC tratados com mesilato de imatinibe em um hospital de referência em Oncologia do Estado do Pará. A genotipagem do polimorfismo foi realizada por PCR em tempo real, utilizando o aparelho QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR System (Applied Biosystems®, Foster City, Califórnia, EUA). Foi utilizado um painel de 61 Marcadores Informativos de Ancestralidade como método de controle genômico. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS 23.0. Os resultados apontaram que cerca de 7% dos pacientes não responderam ao tratamento e foi encontrada uma significância estatística para o polimorfismo rs9524885 (genótipo TT) (p=0,046; OR= 6,833; IC= 1,033-45,186), assim os pacientes que apresentam esse genótipo possuem 6 vezes mais chances de não responder ao tratamento da LMC. Em conclusão, nossos dados mostraram que o polimorfismo rs9524885 no gene ABCC4 é significantemente importante para resposta dos pacientes com LMC tratados com mesilato de imatinibe na região Norte do Brasil e pode ser usado como provável marcador preditivo de resposta.



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Article published online:
10 July 2025

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