Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796771
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TEMÁRIO: TUMORES GINECOLÓGICOS

AVALIAÇÃO DO RISCO DE PROGRESSÃO DE LESÕES CERVICAIS ASSOCIADO AO DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO

Aniúsca Vieira dos Santos
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
,
Giovana Tavares dos Santos
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
,
Maiquidieli Dal Berto
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
,
Taiana Haag
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
,
Rosicler Luzia Brackmann
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
,
João Carlos Prolla
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
,
Claudia Giuliano Bica
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
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Introdução: O câncer do colo do útero é uma das neoplasias mais incidentes na população feminina mundial, sendo que no Brasil é a terceira neoplasia mais incidente e de elevada taxa de óbitos por câncer entre as mulheres. Entre as principais políticas públicas relacionadas a esta doença, destacam-se os programas de rastreamento baseados em citologia. Estes exames contribuem para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das anormalidades cervicais, bem como para o aumento das chances de cura da paciente. Além disso, permitem a atualização de indicadores relacionados às taxas das lesões cervicais, de progressão da doença, e da eficácia dos programas de saúde. Objetivo: Analisar o risco de progressão de lesões cervicais conforme o diagnóstico citológico inicial. Método: Estudo de coorte, realizado em um serviço de saúde de referência em oncologia da região Sul do Brasil. Foram analisados laudos de esfregaços cervicais primários no âmbito de programas de rastreio e rastreio oportunista, do sistema de saúde público e privado. A partir do exame citológico inicial, avaliamos os registros de exames anatomopatológicos e citológicos posteriores. O desfecho progressão das lesões cervicais foi definido como um segundo diagnóstico anormal, porém de lesão cervical com maior grau de displasia, durante o período de follow-up (entre janeiro de 2010 e julho de 2017). As análises estatísticas foram realizadas no programa estatístico SPSS Versão 23.0. Resultados e Conclusão: foram incluídas 3.693 mulheres com diagnóstico citológico cervical anormal, sendo que 1.996 (54%) apresentavam registro de exames de follow-up. Em relação à evolução das lesões, foram 252 casos com desfecho progressão. As mulheres com Atipia em epitélio glandular (AGC) apresentaram a progressão das lesões no menor período de tempo (49 meses). Em contraste, as mulheres com diagnóstico citológico inicial de Atipia em epitélio escamoso (ASC) apresentaram a progressão das lesões no maior período de tempo (62,4 meses). Na análise de hazard ratio, o risco de progressão das anormalidades cervicais foi 2,1 vezes maior para mulheres com diagnóstico de AGC, em comparação com as mulheres com diagnóstico citológico de ASC (95%IC 1,3 - 3,4 e p<0,01). Esta associação identificada entre a citologia inicial de AGC e o elevado risco para desfecho de progressão, reflete a importância de estudos adicionais que avaliem fatores de risco relacionados à evolução de anormalidades em epitélio glandular cervical.



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Article published online:
10 July 2025

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