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DOI: 10.1055/s-0044-1796772
DADOS DA VIDA REAL DA EFICÁCIA E SEGURANÇA DE SUNITINIBE E PAZOPANIBE EM PRIMEIRA LINHA NO CARCINOMA RENAL DE CÉLULAS CLARAS METASTÁTICO: EXPERIÊNCIA DE CENTRO ÚNICO NO BRASIL
Introdução: O tratamento sistêmico de pacientes com carcinoma renal de células claras (CRCC) metastático evoluiu a partir da incorporação de drogas-alvo anti--angiogênicas. Entre os inibidores de tirosina-quinase, pazopanibe e sunitinibe são opções em primeira linha. Comparações de eficácia em estudos prévios sugerem resultados semelhantes das duas drogas. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança de sunitinibe e pazopanibe em pacientes (pts) com CRCC metastático tratados em centro oncológico público no Brasil. Método:s: Pts com CRCC metastático tratados com sunitinibe ou pazopanibe em 1a linha, entre fevereiro de 2009 e março de 2017, foram analisados retrospectivamente. Foram avaliadas características clínico-demográficas e desfechos, incluindo toxicidades e sobrevida global (SG). Resultados: Um total de 229 pts foram tratados com sunitibe (109) ou pazopanibe (120) em 1a linha. Karnofsky Performance Status (KPS) de pelo menos 80 ao início do tratamento foi observado em 60,2% dos pts e 73,3% haviam sido submetidos a nefrectomia. Os sítios de metástases mais comuns foram pulmão (75,5%), linfonodos (62%) e ossos (39,3%). A SG mediana foi de 14,4 meses (IC 95% 11,6 - 17,1) na população geral. As medianas foram de 14,7 meses no grupo sunitinibe (IC 95% 11,5 - 17,8) e 14 meses (IC 95% 9,1 - 18,8) no grupo pazopanibe, sem diferença estatística (p 0.909). Quando os pts foram estratificados de acordo com o modelo prognóstico do International Metastatic Renal-Cell Carcinoma Database Consortium, a SG mediana foi 34,2 meses (IC 95% 19 - 49,3) no grupo de risco favorável (33 pts), 16,6 meses (IC 95% 12,8 - 20,3) no grupo de risco intermediário (127 pts) e 8,6 meses (IC 95% 5,9 - 11,3) no grupo de risco desfavorável (68 pts) (p<0.0001). Redução de dose e descontinuação do tratamento devido a toxicidades foram mais comuns com sunitinibe (63,3% e 28,4%, respectivamente) que com pazopanibe (14,1% e 18,3%, respectivamente). Eventos adversos (EAs) iguais ou superiores a grau 3 foram reportados com maior frequência com sunitinibe em comparação ao pazopanibe (32,8% vs 24,2%, respectivamente). Os EAs mais comuns foram fadiga, síndrome mão-pé, náuseas e diarreia. Não houve mortes relacionadas ao tratamento. Conclusão: Dados de vida real sugerem que o uso de sunitinibe ou pazopanibe no tratamento do CRCC metastático é seguro e eficaz na população brasileira. Ambas as drogas foram bem toleradas, porém o pazopanibe apresentou melhor perfil de toxicidade nessa população.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
10. Juli 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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