Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796772
POSTER
TEMÁRIO: TUMORES UROLÓGICOS - NÃO PRÓSTATA

DADOS DA VIDA REAL DA EFICÁCIA E SEGURANÇA DE SUNITINIBE E PAZOPANIBE EM PRIMEIRA LINHA NO CARCINOMA RENAL DE CÉLULAS CLARAS METASTÁTICO: EXPERIÊNCIA DE CENTRO ÚNICO NO BRASIL

Mirella Nardo
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Manoel Carlos Leonardi de Azevedo Souza
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Pedro Henrique Isaacsson Velho
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Renata Rodrigues da Cunha Colombo Bonadio
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Guilherme Nader Marta
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Romualdo Barroso Sousa
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Marcela Coelho Mesquita
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Bruno Melo Fernandes
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Diogo Assed Bastos
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
,
Carlos Dzik
1   INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO
› Institutsangaben

Introdução: O tratamento sistêmico de pacientes com carcinoma renal de células claras (CRCC) metastático evoluiu a partir da incorporação de drogas-alvo anti--angiogênicas. Entre os inibidores de tirosina-quinase, pazopanibe e sunitinibe são opções em primeira linha. Comparações de eficácia em estudos prévios sugerem resultados semelhantes das duas drogas. Objetivo: Avaliar eficácia e segurança de sunitinibe e pazopanibe em pacientes (pts) com CRCC metastático tratados em centro oncológico público no Brasil. Método:s: Pts com CRCC metastático tratados com sunitinibe ou pazopanibe em 1a linha, entre fevereiro de 2009 e março de 2017, foram analisados retrospectivamente. Foram avaliadas características clínico-demográficas e desfechos, incluindo toxicidades e sobrevida global (SG). Resultados: Um total de 229 pts foram tratados com sunitibe (109) ou pazopanibe (120) em 1a linha. Karnofsky Performance Status (KPS) de pelo menos 80 ao início do tratamento foi observado em 60,2% dos pts e 73,3% haviam sido submetidos a nefrectomia. Os sítios de metástases mais comuns foram pulmão (75,5%), linfonodos (62%) e ossos (39,3%). A SG mediana foi de 14,4 meses (IC 95% 11,6 - 17,1) na população geral. As medianas foram de 14,7 meses no grupo sunitinibe (IC 95% 11,5 - 17,8) e 14 meses (IC 95% 9,1 - 18,8) no grupo pazopanibe, sem diferença estatística (p 0.909). Quando os pts foram estratificados de acordo com o modelo prognóstico do International Metastatic Renal-Cell Carcinoma Database Consortium, a SG mediana foi 34,2 meses (IC 95% 19 - 49,3) no grupo de risco favorável (33 pts), 16,6 meses (IC 95% 12,8 - 20,3) no grupo de risco intermediário (127 pts) e 8,6 meses (IC 95% 5,9 - 11,3) no grupo de risco desfavorável (68 pts) (p<0.0001). Redução de dose e descontinuação do tratamento devido a toxicidades foram mais comuns com sunitinibe (63,3% e 28,4%, respectivamente) que com pazopanibe (14,1% e 18,3%, respectivamente). Eventos adversos (EAs) iguais ou superiores a grau 3 foram reportados com maior frequência com sunitinibe em comparação ao pazopanibe (32,8% vs 24,2%, respectivamente). Os EAs mais comuns foram fadiga, síndrome mão-pé, náuseas e diarreia. Não houve mortes relacionadas ao tratamento. Conclusão: Dados de vida real sugerem que o uso de sunitinibe ou pazopanibe no tratamento do CRCC metastático é seguro e eficaz na população brasileira. Ambas as drogas foram bem toleradas, porém o pazopanibe apresentou melhor perfil de toxicidade nessa população.



Publikationsverlauf

Artikel online veröffentlicht:
10. Juli 2025

© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil