Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796783
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TEMÁRIO: TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM NEOPLASIAS DE CABEÇA E PESCOÇO SUBMETIDOS A DIFERENTES MODALIDADES DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO NO BRASIL

Marcos Santos
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
,
Luis Felipe Oliveira e Silva
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
,
Ricardo Vilela
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
,
Hugo Kohler
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
,
Aline Lauda
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
,
Luis Kowalski
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
,
Christian Domenge
1   HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
› Institutsangaben

Introdução: O tratamento das neoplasias de cabeça e pescoço (NCP) pode afetar uma variedade de funções fisiológicas, com grande potencial de provocar comprometimento considerável de qualidade de vida (QV) dos pacientes. Objetivo: deste estudo, prospectivo e multi-institucional, foi avaliar a QV em pacientes com NCP submetidos a tratamento oncológico no Brasil. Material e Método: Pacientes com NCP foram solicitados a completar dois questionários: EORTC QLQ-30 e EORTC HN-43, antes de iniciar o tratamento protocolar de sua instituição e, posteriormente, a cada três meses, durante seu seguimento clínico. Os escores de QV de foram avaliados no tempo 3, 6 e 9 e 12 meses após o primeiro questionário. A comparação se deu pelo método do teste “t de student” foi considerada estatisticamente significativa se p<0,05. Foram incluídos 485 pacientes de 13 instituições espalhadas pelo país, sendo 81,6% do sexo masculino, com os seguintes estadiamentos: 7,7% estádio I, 9,0% estádio II, 19,9% estádio III, 50,9% estádio IVa e 12,6% estádio IVb. Quanto ao sítio, 37,1% tinham tumor da cavidade oral, 25,6% da orofaringe e 23,3% da laringe. Foram abordados inicialmente com cirurgia 33,4% dos doentes e 66,6%, foram tratados com RT associada ou não à quimioterapia radiosensibilizante, composta principalmente de cisplatina. O seguimento médio foi de 7,3 meses. Resultados: A média do score de QV pré-tratamento e aos 3, 6 e 9 meses e 12 meses foram: 64,5 (± 22,6) − 61,2 (± 23,3) − 67,7 (± 21,0) − 72.9 (± 19,3) e 69.6 (±18,8), respectivamente. O escore médio pré-tratamento dos pacientes com estádio I/II foi maior do que o dos pacientes com estádios III/Iva/IVb (69,0 vs. 63,7; p=0,04), entretanto, esta diferença não se manteve aos 6 meses (75,0 vs. 66,0; p=0,29). Não foram observadas diferenças significativas quando comparados pacientes com tumores originados em orofaringe, cavidade oral ou laringe, mesmo quando considerados somente aqueles com lesões localmente avançadas (estádio IVa e IVb) (p>0,05). Conclusão: Observou-se, neste grupo de enfermos, um maior comprometimento da qualidade de vida naqueles com neoplasias localmente avançadas antes de iniciado o tratamento. Esta diferença, provavelmente devido ao pequeno seguimento, não se manteve ao longo do tempo. Tratam-se, no entanto, de resultados preliminares, dado o curto acompanhamento a que foram, até o momento, submetidos os pacientes.



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Artikel online veröffentlicht:
10. Juli 2025

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