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DOI: 10.1055/s-0044-1796899
DUODENOPANCREATECTOMIA CEFÁLICA LAPAROSCOPIA VS LAPAROTÔMICA PARA TRATAMENTO DOS TUMORES PERIAMPULARES: ESTUDO DA MARGEM CIRÚRGICA
Introdução: A duodenopancreatectomia cefálica (DPC) é procedimento cirúrgico de alta complexidade e o tratamento com maior possibilidade de cura nos pacientes com tumores periampulares. Publicações de estudos observacionais mostraram que a duodenopancreatec-tomia cefálica laparoscópica (DPCL) reduz a morbidade pós-operatória, mas pouco se sabe sobre seus resultados oncológicos a curto e longo prazo. Objetivo: Avaliar a segurança oncológica da DPCL no tratamento do tumor periampular em relação a presença ou não de comprometimento das margens de ressecção cirúrgica. Método: Estudo transversal, retrospectivo, dos pacientes submetidos a duodenopancreatectomia cefálica associada a gastrectomia distal com linfade-nectomia locorregional realizados por laparoscópica vs laparotômica, comparando o acometimento ou não das margens de ressecção cirúrgica. O desfecho primário foi avaliado pela presença ou não de acometimento das margens de ressecção cirúrgica. Resultados: Após seleção, foram identificados 20 paciente submetidos a DPC, sendo 10 (50%) por via laparoscópica e 10 (50%) por via laparotômica. No estudo anatomopatológico da peça foi identificado o comprometimento da margem cirúrgica em dois casos do grupo A (10%). No grupo B não houve acometimento das margens em nenhum dos casos estudados. Lesões maiores que 3,0 cm foram encontradas em 60% dos tumores ressecados por via laparoscópica e 40%, nos casos de via laparotômica. Discussão: No presente estudo, nenhum dos pacientes submetidos a cirurgia por laparotomia apresentou comprometimento das margens de ressecção pelo tumor, enquanto que, no grupo submetido a laparoscopia, dois pacientes tiveram margens acometidas, com ressecção R1. Esse resultado pode ser atribuído ao fato de que no grupo A, os pacientes apresentavam lesões maiores que os pacientes do grupo B, sendo uma lesão descrita como exibindo que 6 cm. Importante ressaltar que a resseção completa da lesão (R0) é apenas um dos fatores prognósticos na sobrevida a longo prazo, sendo o acometimento linfonodal outro dado relevante, principalmente nos pacientes submetidos com resseção completa. Conclusão: Em conclusão, a DPCL parece ser procedimento seguro em pacientes selecionados. Faltam estudos comparando resultados oncológicos a curto e longo prazo.
Publication History
Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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