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DOI: 10.1055/s-0044-1796917
ADENOSSARCOMA MÜLLERIANO DE COLO UTERINO – RELATO DE CASO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA) – RIO DE JANEIRO, BRASIL
Apresentação dos casos: foram identificados 7 casos com diagnóstico histopatológico de adenossarcoma mulleriano (AM) num período de 20 anos (1997-2016) e excluídos 5: 4 deles eram AM de endométrio e 1 não pertencia à instituição. Caso 1: paciente com 11 anos, branca, sem histórico prévio de doenças, virgem. Apresentava secreção vaginal hialina, com odor fétido e, ao exame físico, foi identificada lesão polipóide, pediculada no colo uterino. Caso 2: paciente com 15 anos, negra, sem histórico prévio de doenças, multípara. Apresentava secreção vaginal hialina, com odor fétido e, ao exame físico, foi identificada lesão tumoral pediculada, em cavidade vaginal proveniente do colo uterino. As pacientes não apresentaram dor abdominal, distensão, e os exames de imagens não apresentavam processo expansivo pélvico nem doença metastásica. Ambas foram submetidas à ressecção da lesão com pequeno fragmento de colo uterino. As pacientes se mantiveram livres de doença durante todo o período de acompanhamento; a primeira por apenas 2 anos, devido à não continuidade ao acompanhamento e a segunda durante 10 anos. Discussão: O sarcoma de colo uterino é uma neoplasia rara com incidência de 0,5% a 1% dentre todas as malignidades cervicais. É composto por elementos glandulares benignos e estromais malignos, justificando a sua nomenclatura. Quando surge no colo uterino, pode ser confundido clínica e patologicamente com pólipos cervicais benignos. Portanto, a diferenciação microscópica é crucial para a continuidade do tratamento. O diagnóstico diferencial do adenossarcoma inclui: pólipo benigno, adenofibroma, rabdomiossarcoma embrionário e sarcoma estromal endometrial. Em adolescentes pós-menarca, estes tumores normalmente surgem inicialmente como pólipos no colo do útero, em contraste com mulheres pós-menopausa, nas quais eles normalmente surgem a partir do endométrio. Nos casos relatados no presente trabalho, foi realizado ressecção por biopsia excisional das lesões polipóides, com o intuito de preservar a fertilidade. Além disso, as pacientes não apresentaram sinais clínicos ou radiológicos de recidiva da doença durante o acompanhamento realizado. Comentários finais: o AM de colo uterino é uma patologia extremamente rara, que pode ser subdiagnosticada. A apresentação clínica diferiu minimamente entre as pacientes, e, em casos de meninas jovens com manifestação na forma de pólipos cervicais, esta neoplasia deve ser considerada durante a determinação do diagnóstico diferencial.
Publication History
Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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