INCIDÊNCIA, ESTADIAMENTO E ABORDAGEM TERAPÊUTICA DE CARCINOMA DE ESTÔMAGO EM CENTRO DE ONCOLOGIA DE REFERÊNCIA DE ARACAJU, SERGIPE

Introdução: O câncer (CA) de estômago é o quinto câncer mais prevalente no mundo e a segunda causa de morte por câncer segundo estimativa de 2016. Sua incidência é maior em homens com 70 anos e a maioria dos casos ocorre em países em desenvolvimento e com alta prevalência de infecção por Helicobacter pylori. Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocar-cinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, encontrado em raros casos, e leiomiossarcoma. No Brasil, foram estimados 12.920 casos novos desse tipo de câncer em homens e 7.600 em mulheres para 2016, tornando-o o quarto tipo de câncer mais frequente no país. Em Sergipe, estima-se que é o quarto tipo de câncer mais prevalente em homens e o quinto em mulheres. Ainda que sua incidência seja maior nas Regiões Sul e Sudeste do país, ele é uma importante causa de morte por câncer nas regiões Norte e Nordeste. Tem mau prognóstico, com alta mortalidade e baixa sobre-vida em cinco anos em todo o mundo. Objetivo: Avaliar a incidência do câncer gástrico em centro de referência em oncologia de Sergipe, o estadiamento em que foram diagnosticados os cânceres de estômago e quais condutas terapêuticas foram adotadas. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo por análise de prontuários dos pacientes com câncer de estômago em centro de referência em oncologia de Sergipe no período entre 2010 e 2017. Resultados: Nesse centro demonstrou-se um aumento de aproximadamente 117% quando comparado o período entre 2010 e 2013 ao período entre 2014 e primeiro semestre de 2017. Houve predominância de estadiamento T3 (36, 84%), seguido por T2 (26, 32%), T1 (21,05%) e T4 (15, 79%). Em todos os casos relatados a conduta terapêutica adotada foi gastrectomia e linfadenectomia D2 com quimioterapia neoadjuvante. Conclusão: A incidência de câncer gástrico parece aumentar no nosso estado. Podemos atribuir à mudanças no estilo de vida e aumento no número de diagnóstico. Apesar desse aumento o acesso parece demorado de modo a justificar o elevado estadiamento e mau prognóstico e qualidade de vida desses pacientes.

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Article published online:
10 July 2025