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DOI: 10.1055/s-0044-1797177
TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO DE CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC) DE RETO - RELATO DE CASO
Apresentação do caso: Paciente masculino, 65 anos, branco, casado, natural do Rio de Janeiro, comerciante, hipertenso. Iniciou, em janeiro de 2002, quadro de proctalgia, tenesmo e hematoquezia, referindo melhora parcial dos sintomas ao uso de antiespasmódicos. Negou constipação. Toque retal na admissão evidenciou massa vegetante a 5cm da margem anal na parede lateral direita. Realizado exame endoscópico que demonstrou lesão vegetante bocelada em reto distal a 5cm da margem anal, com áreas de necrose ocupando 50% da circunferência (blastoma de reto médio-supe-rior tipo B1), um pólipo séssil menor do que 1mm em cólon ascendente e doença diverticular do cólon. O laudo histopatológico identificou o carcinoma espinocelu-lar (CEC) moderadamente diferenciado GII. Realizada a ultrassonografia de próstata transretal, foram encontradas calcificações em topografia peri-uretral e zona central, tendo a zona periférica textura homogênea, não sendo evidenciadas imagens detectáveis. O antí-geno carcinoembrionário (CEA) foi de 1,5 ng/mL. Raio-X de tórax sem alterações. À tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve, constataram-se fígado normal, ausência de linfonodos intra e retroperitoneias, preservação de espaços pararretais e fossas isquiáticas e defeito de depleção à esquerda do retossigmoide de contornos irregulares. Foi proposto tratamento qui-mioterápico neoadjuvante com o uso de 5-Fluorouracil (5-FU) e Mitomicina C (MMC) aliado à Radioterapia convencional. Concluiu radioterapia após cerca de um mês (5/03/2002 a 19/04/2002). Relatou melhora clínica, entretanto, com realização de nova TC de abdome, foram demonstradas metástases hepáticas, sendo decidida a permanência do tratamento quimioterápico. Paciente evoluiu a óbito nesse período. Discussão: Carcinoma espinocelular de reto é uma entidade rara com menos 200 casos relatados na literatura e, por esse motivo, dados epidemiológicos e consensos sobre o tratamento ainda não existem. No caso em questão, foi decidida a aplicação da conduta para tratamento de CEC de canal anal, realizando, portanto, radioquimioterapia. Comentários finais: É interessante avaliar a resposta terapêutica para essa patologia, uma vez que não há literatura suficiente a respeito da mesma. Sendo assim, é relevante analisar os fatores de risco envolvidos, as características do câncer, a incidência de metástases, entre outros aspectos, de modo a acrescentar informações à escassa literatura existente.
Publication History
Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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