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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797325
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TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA

ANÁLISE COMPARATIVA DE PARÂMETROS DOSIMÉTRICOS EM PLANEJAMENTOS DE SBRT DE PULMÃO COM TÉCNICA 3D E VMAT

Maíra Milanelo Vasques
,
Érika Yumi Watanabe
,
Ana Claudia M. De Chiara
,
Gabriela Reis S. de Jesus

Introdução: A Radiocirurgia Estereotáxica Corpórea (Stereotactic Body Radiation Therapy – SBRT) consiste em administrar altas doses de radiação a tumores fora do sistema nervoso central, com alta precisão, visando maximizar a dose recebida pelo tumor, minimizando as probabilidades de complicações em tecido normal adjacente. A SBRT pode ser realizada com técnicas convencionais de planejamentos 3D ou com o recurso de técnicas de maior tecnologia, como a Arcoterapia Volumétrica Modulada (Volumetric Modulated Arc Therapy – VMAT), sendo a escolha da técnica dependente de fatores como volume, formato e localização da lesão. Objetivos: Comparar os parâmetros dosimétricos em planejamentos de SBRT de pulmão, com técnica 3D e VMAT e buscar uma regra prática para auxiliar na escolha da melhor técnica de tratamento. Métodos: Foram avaliados 41 planejamentos de pacientes que foram submetidos a SBRT de pulmão entre agosto de 2011 a maio de 2017. A dose prescrita variou de 48 Gy a 60Gy (de 4 a 8 frações). Para cada planejamento foram levantados: o volume do PTV, a razão entre a isodose de 50% e o volume do PTV (R50), o índice de conformidade (IC), a dose máxima a 2 cm do PTV em qualquer direção (D2), o volume da isodose de 105% fora do PTV (V105) e o volume dos pulmões subtraindo-se o PTV que recebeu 20Gy (V20). Resultados e Discussões: O IC variou de 0,933 a 1,278, apresentando maiores valores quanto menor o volume do PTV, para ambas as técnicas. O R50 teve valores entre 3,131 e 8,837, sendo os maiores valores atribuídos à técnica VMAT e lesões menores. A técnica de 3D apresentou valores de R50 menores, uma vez que para esta modalidade de tratamento tem-se menor volume irradiado. O parâmetro D2 apresentou valores de 40 a 83,33%, apresentando valores maiores quanto maior o volume do PTV em ambas as técnicas. O parâmetro V105 apresentou valores de 0 a 29,8%, apresentando maiores valores quanto menor o volume do PTV em ambas as técnicas. O parâmetro V20 mostrou relação aproximadamente linear com o volume do PTV em ambas as técnicas, sendo maior para volumes maiores. Conclusões: A análise dos parâmetros dosimétricos não evidenciou vantagem para nenhuma técnica, exceto para o parâmetro R50, o qual apresentou melhores resultados para a técnica 3D em lesões de pequeno volume. Aliado ao fato de que a técnica 3D não sofre influência com o efeito interplay pode-se concluir que esta modalidade ainda constitui uma boa escolha para planejamentos de SBRT de pulmão.



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10 July 2025

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