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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-86
DOI: 10.1055/s-0044-1797339
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TEMÁRIO: RADIOTERAPIA

TRATAMENTOS DE MAMA ESQUERDA EM INSPIRAÇÃO PROFUNDA UTILIZANDO ABC

Ana Cláudia Magni De Chiara
,
Vilma Ferrari
,
Paula Pratti Rodrigues Ferreira
,
Flavia Carolina Grosso Gabrielli
,
Karina Gondin Moutinho Conceição Vasconcelos

Introdução: Uma forma de reduzir as complicações cardíacas após o tratamento de mama esquerda (E) é através da inspiração profunda (IP). Tal tratamento é factível através de gerência de movimento, como, por exemplo, Active Breathing Coordinator (ABC). Objetivos: Avaliar o ganho dosimétrico ao tratar mama E em IP com ABC. Métodos: Foram comparados planos em respiração livre (RL) e IP de 11 pacientes. Todos os planos foram 3D com campos tangentes e dose de 50Gy. O estudo incluiu 2 planos de mama, 5, mama e fossa supraclavicular (FSC) e 4, mama, FSC e mamária interna (MI). Foram comparados tais parâmetros: dose recebida por 95% da mama (DM95); dose recebida por 90% da mama (DM90), FSC (DFSC90) e MI (DMI90); volume do coração que recebe 25Gy (Vc25); volume do pulmão E (Vp); volume do pulmão E que recebe 20Gy (Vp20); dose média do coração (Dc) e pulmão E (Dp) e dose máxima na mama contralateral (Dmc), e aplicado o teste t-student. Todos os tratamentos foram realizados com ABC para garantir a reprodutibilidade do posicionamento. As pacientes foram divididas em dois grupos relativos à dificuldade de planejamento em RL: coração adjacente à mama (CA) e mama contralateral na entrada de campo (MCE). Os mesmos parâmetros foram comparados. Resultados: Ao comparar os planos RL com IP, a diferença de cobertura de DM95; DM90, DFSC90, DMI90 aumentou, respectivamente, em 9,1; 2,8; 9,0; 0,3% da dose de prescrição. O Vp duplicou de tamanho. Houve uma diminuição dos seguintes parâmetros Vc25, Dc, Vp20, Dp, Dmc, respectivamente, de 6,7% (p=0,005); 2,8Gy (p=0,012); 2,9%; 1,3Gy; 6,3Gy. Foram apresentados apenas valores significativos de p. Ao avaliar os dois grupos, nota-se que a diferença em média de DM95, Vc25, Vp20 e Dmc foi de 15% da dose de prescrição, – 6,3%, – 2,4% e – 4,6Gy para CA, e 1,3%, – 8,7%, – 7,0% e – 12,5Gy para MCE. Conclusão: Ao comparar os dados dosimétricos constatamos a vantagem de tratar mama esquerda na IP com ABC, devido ao aumento médio da cobertura dos alvos, exceto FSC, e significativa redução média da dose no coração. Ao dividir a análise em dois grupos, notamos que para CA o ganho dosimétrico é na cobertura dos alvos, enquanto para MCE, é a redução de dose dos órgãos em risco. Isto é devido à entrada de campo não mudar consideravelmente da RL para IP. Devemos ressaltar que esta é uma fase clínica inicial, logo é necessário aumentar o número da amostra para diminuir a variação entre observadores no delineamento e planejamento.



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Article published online:
10 July 2025

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