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DOI: 10.1055/s-0044-1798174
MANEJO DE REAÇÃO DE PELE INDUZIDA POR RADIOTERAPIA EM PACIENTE COM MAMA VOLUMOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
A radioterapia é indicada em mulheres com câncer de mama após cirurgia conservadora no intuito de reduzir a recidiva loco-regional. A radiodermite é o principal efeito colateral na mama irradiada e pode ser fator limitante para a continuidade das aplicações. Atribui-se a severidade das reações de pele a fatores relacionados à radiação , entre eles, o volume de tecido irradiado. Mulheres com mama volumosa têm maior probabilidade de ter reação de pele e risco de interrupção de tratamento pela severidade da reação local. Medidas preventivas e monitoramento dessas pacientes são relevantes. . Em nossa instituição estabelecemos protocolo de cuidados com pele segundo o grau de reação na pele. Em mulheres com mama volumosa recomendamos além da hidratação, o uso do Mepilex Lite desde o início do tratamento pois tem baixo risco de irritação cutânea e de alergia e pode ser retirado no momento da aplicação evitando o efeito bolus na pele. Paciente senhora de 64 anos com 140 Kg (IMC 51,1) submetida em 09/02/18 a setorectomia por carcinoma ductal, evoluiu com deiscência e submetida em 25/02/18 a debridamento e revisão cirúrgica. Em 02/03/18 linfadenectomia axilar sentinela. Estadiamento anatomopatológico PT1b pN0, linfonodo sentinela negativo. O volume planejado de mama foi de 2079,8 cm² em campo tangente paralelo e oposto, SSD 100 e tratamento em Acelerador Clinac 6 Mev em dose total de 50 Gy , dose dia de 2 Gy de 16/04/18 a 21/05/18. Início da radioterapia em 16/04/18 com uso de mepilex e hidratação com gel de aloe vera. Em 26/04/18 (dose acumulada de 18 Gy) com eritema leve em toda a mama (reação grau 1), iniciou hidrogel com alginato de cálcio 1 vez/dia. Manteve eritema leve até 15/05 (dose acumulada de 42 Gy) quando iniciou eritema leve a moderado e em 21/05/18 (dose total de 50 Gy) ao concluir radioterapia apresentava eritema moderado (reação grau 2), com hipercromia em quadrante superior e aréola. No seguimento após radioterapia nas semanas seguintes, em 29/05/18 com eritema moderado, em 05/06/18 com descamação seca e em 03/07/18 com hipercromia leve e área com epitelização completa. As medidas preventivas adotadas e acompanhamento sistemático desde o início da radioterapia possibilitou que a paciente realizasse a radioterapia no prazo programado e após o término do tratamento com descamação seca sem rompimento de integridade da pele.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
23. Oktober 2019
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Yara Boaventura da Silva, Elizangela Maria da Silva Neves. MANEJO DE REAÇÃO DE PELE INDUZIDA POR RADIOTERAPIA EM PACIENTE COM MAMA VOLUMOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Brazilian Journal of Oncology 2019; 15.
DOI: 10.1055/s-0044-1798174