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DOI: 10.1055/s-0044-1798263
ANÁLISE DOSIMÉTRICA INVESTIGATIVA DO DVH DOS ÓRGÃOS DE RISCO OBTIDO ATRAVÉS DO CBCT DIÁRIO NOS PACIENTES TRATADOS COM O ESQUEMA DE HIPOFRACIONAMENTO DO CHHIP TRIAL EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA
Authors
Introdução: Sintomas urinários e gastrointestinais antes da radioterapia (RT) para o câncer de próstata estão relacionados às toxicidades durante o tratamento. A avaliação das doses recebidas pelos órgãos de risco (OAR) em um plano de RT é feita criteriosamente, a fim de evitar toxicidades severas. A RT guiada por imagem é uma importante ferramenta, que pode ser realizada através de aquisição de cone beam CT (CBCT) e avalia as variações dos OAR, especialmente para próstata que pode se movimentar internamente em função das mudanças fisiológicas do reto e da bexiga. Objetivo: Avaliar a variação dosimétrica de reto e bexiga realizando CBCT diário de rotina dos pacientes que trataram exclusivamente a próstata com o esquema de hipofracionamento do CHHip trial. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo que incluiu 7 pacientes que realizaram RT com hipofracionamento moderado com dose de 60Gy em 20 frações. Todos foram submetidos a CBCT diário, resultando na análise de 140 imagens. O CBCT foi utilizado para gerar novos contornos a cada fração e calcular o DVH. As toxicidades gastrointestinais e genito urinarias foram avaliadas através do escore do Radiation Therapy Oncology Group no fim do tratamento. Os sintomas urinários foram comparados com os dados coletados na primeira consulta através do escore internacional de sintomas prostáticos (IPSS). Foi feita uma análise comparativa do DVH de bexiga e reto delineados no CBCT diário em relação ao volume apresentado na tomografia de planejamento. Foram contabilizadas quantas aplicações o paciente tratou com 5% a mais do volume do OAR recebendo a dose avaliada nos constraints em comparação com o planejado. Resultados: O IPSS dos pacientes variou entre 5 e 13 e a média foi de 6,66. Após término do tratamento, as toxicidades genito urinárias agudas foram em média grau I e gastrointestinais em média grau 0. O desvio médio do volume do reto na aplicação foi de 28% maior e da bexiga foi de 20% menor. Na bexiga, em média 35%, 40% e 9% das frações foram tratadas com 5% a mais do volume do órgão, recebendo as doses dos constraints V58Gy, V47Gy e V40Gy, e para o reto 9%, 10% e 23% para V58Gy, V55Gy e V48Gy respectivamente. Conclusão: O CBCT diário foi essencial para avaliar o DVH e garantir o posicionamento no isocentro, bem como a distribuição de dose. Através da análise diária do DVH concluímos que a dose entregue nos OARs foi maior do que a planejada. O que instiga uma análise mais significativa de nossa casuística.
Publication History
Article published online:
23 October 2019
© 2019. The Author(s). This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)
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Tomás Yokoo Teodoro de Souza, Fábio Vinicius Dumaszak, Rie Nadia Asso, Fabiana Accioli Miranda Degrande, José Régis Neto, Elton Trigo Teixeira Leite, Cecilia Maria Kalil Haddad, João Luís Fernandes da Silva, Wellington Furtado Pimenta Neves. ANÁLISE DOSIMÉTRICA INVESTIGATIVA DO DVH DOS ÓRGÃOS DE RISCO OBTIDO ATRAVÉS DO CBCT DIÁRIO NOS PACIENTES TRATADOS COM O ESQUEMA DE HIPOFRACIONAMENTO DO CHHIP TRIAL EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA. Brazilian Journal of Oncology 2019; 15.
DOI: 10.1055/s-0044-1798263