Resumo
Introdução
O complexo areolopapilar (CAP) desempenha papel fundamental na harmonia estética e
funcional da região torácica, com implicações diretas em procedimentos como cirurgias
de gênero, reconstruções mamárias pós-bariátricas e tratamentos de ginecomastia. Apesar
de os parâmetros femininos estarem amplamente descritos na literatura, os dados masculinos
permanecem escassos, o que dificulta o planejamento cirúrgico adequado.
Materiais e Métodos
Foi realizado um estudo transversal com 440 indivíduos do sexo masculino, com idades
entre 18 e 47 anos e índice de massa corporal (IMC) entre 18 e 30 kg/m2. Foram coletadas medidas como distância entre os mamilos, distância mamilo-fúrcula,
distância CAP-sulco inframamário (SIM) e dimensões horizontal e vertical do CAP. Os
dados foram comparados com os parâmetros femininos descritos na literatura, e estatísticas
descritivas e inferenciais foram utilizadas para avaliar diferenças significativas.
Resultados
O CAP masculino apresentou maior distância entre os mamilos e um posicionamento mais
inferior e lateralizado em relação ao feminino. O formato oblongo do CAP masculino
contrastou com o padrão circunferencial feminino. A distância CAP-SIM foi menor nos
homens comparada à das mulheres.
Conclusão
As diferenças observadas reforçam que os parâmetros femininos não são adequados para
orientar cirurgias masculinas. Este estudo estabelece diretrizes específicas para
o CAP masculino, o que contribui para resultados mais precisos e individualizados
em cirurgias de gênero, reconstruções mamárias e tratamentos de ginecomastia, e oferece
uma base inovadora para a prática clínica.
Palavras-chave
antropometria - ginecomastia - identidade de gênero - mamoplastia
Bibliographical Record
Mariana Brandão Miqueloti Inglez, Elvio Bueno Garcia, Paulo Rogério Quiregatto do
Espírito Santo, Ricardo Aguiar Villanova Freire, Christian de Araujo Vieira, Carine
Barreto Gonzaga, Vanessa da Silva Azambuja Ribeiro. Comparação antropométrica intergêneros
do complexo areolopapilar. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian
Journal of Plastic Surgery 2025; 40: s00451811182.
DOI: 10.1055/s-0045-1811182