Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia 2010; 14(04): 438-443
DOI: 10.1590/S1809-48722010000400010
Original Article
Thieme Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Sinus Retrospective Analysis of Surgeries in a Hospital School

Análise Retrospectiva de Cirurgias Rinossinusais em um Hospital Escola
Thiago Bittencourt Ottoni de Carvalho
*   Medical. ENT resident.
,
Tiago José Conrado
*   Medical. ENT resident.
,
Tiago L. Genaro
*   Medical. ENT resident.
,
Atílio Maximino Fernandes
*   Medical. ENT resident.
,
José Victor Maniglia
*   Medical. ENT resident.
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

23 July 2010

22 August 2010

Publication Date:
12 February 2014 (online)

Summary

Introduction: The ENT is a medical specialty that covers 4.4% of all doctors in São Paulo, with a variety of surgical procedures distributed between pharynx, nose, ear and larynx. Knowing the profile of a reference service in otolaryngology allows for a better organization, scaling the volume of care and surgeries, providing better training to the student and resident physician.

Objective: To describe the profile of sinonasal surgery and patients to them in the department of otolaryngology and head and neck surgery at a teaching hospital.

Method: We conducted a cohort study of cross-sectional retrospective study with review of 872 charts of patients undergoing surgery Sinus between January 2006 and December 2008. Used questionnaires, seeking sex, age, surgical diagnosis and surgery.

Results: Of 872 patients studied, 45.4% were female and 54.6% male, ranging in an age group 40-80 years (mean 29.8 years). The main surgical diagnoses were: nasal septum deviation (n = 457), nasal deformity after trauma (n = 287), enlarged turbinates (n = 153), rhinosinusal polyposis (n = 73), chronic sinusitis (n = 32). Among the most frequently performed surgical procedures include: septoplasty (n = 388), rhinoplasty (n = 215), FESS (n = 131), intra-turbinal cauterization (n = 114), reconstructive rhinoplasty (n = 73), turbinectomy (n = 43), turbinoplasty (n = 55). It is emphasized that patients may have received more than one surgical diagnosis and realized more than one surgery, depending on the alert.

Conclusion: We present the volume and diversity of Sinus surgeries performed in our department, contributing to the scarce scientific literature on this type of case.

Resumo

Introdução: A otorrinolaringologia é uma especialidade médica que abrange 4,4% do total de médicos paulistas, tendo uma variedade de procedimentos cirúrgicos distribuídos entre faringe, nariz, ouvido e laringe. O conhecimento do perfil de um serviço de referência em otorrinolaringologia permite a sua melhor organização, dimensionamento do volume do atendimento e das cirurgias realizadas, proporcionando uma melhor formação ao aluno e ao médico residente.

Objetivo: Descrever o perfil das cirurgias nasossinusais e dos pacientes submetidos a elas no departamento de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço de um hospital escola.

Método: Foi realizado estudo de coorte histórico com corte transversal retrospectivo, com revisão de 872 prontuários de pacientes submetidos a cirurgias rinossinusais entre janeiro de 2006 e dezembro de 2008. Utilizado questionário próprio, buscando sexo, idade, diagnóstico cirúrgico e cirurgia realizada.

Resultados: Do total de 872 pacientes analisados, 45,4% eram sexo feminino e 54,6% sexo masculino, variando em uma faixa etária 4 a 80 anos (média de 29,8 anos). Os principais diagnósticos cirúrgicos foram: desvio septo nasal(n = 457), deformidade nasal pós-trauma (n = 287), hipertrofia de conchas nasais (n = 153), polipose rinossinusal(n = 73), rinossinusite crônica(n = 32). Entre os procedimentos cirúrgicos mais frequentemente realizadas, estão: septoplastia (n = 388), rinosseptoplastia (n = 215), FESS (n = 131), cauterização intra-turbinal(n = 114), rinoplastia reparadora(n = 73), turbinectomia(n = 43), turbinoplastia (n = 55). Ressalta-se que os pacientes podem ter recebido mais de um diagnóstico cirúrgico e realizado mais de uma cirurgia, dependendo da indicação.

Conclusão: Apresenta-se o volume e a diversidade de cirurgias rinossinusais realizadas em nosso serviço, contribuindo com a escassa produção científica sobre esse tipo de casuística.

 
  • Bibliographic References

  • 1 Conselho regional de medicina do estado de São Paulo. Especialidades médicas no estado de São Paulo. Estudos Cremesp - Centro de dados do Cremesp. Disponível em: www.cremesp.org.br
  • 2 Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Censo 2007 - 2008. Disponível em: http://www.aborlccf.org.br/imageBank/Censo%202007-2008.pdf
  • 3 Patrocinio LG, Barreto DM, Rodrigues LF, Patrocinio TG, Coelho SR, Patrocinio JA. Perfil do atendimento otorrinolaringológico em clínica privada. Arq Int Otorrinolaringol 2007; 11 (2) 130-34
  • 4 Gouveia MCL, Lessa FJD, Rodrigues MB, Caldas Neto SS. Perfil de internamento por morbidade otorrinolaringológica com tratamento cirúrgico - Brasil, 2003. Rev Bras Otorrinolaringol 2005; 71 (6) 698-04
  • 5 Caldas Neto S, Oliveira RL, Caldas N. Uso da cola de fibrina na prevenção de sangramento e hematoma pós-operatório em septoplastias. Rev Bras Otorrinolaringol 2002; 68 (5) 635-38
  • 6 Caniello M, Passerotti GH, Goto EY, Voegels RL, Butugan O. Uso de antibióticos em septoplastias: é necessário?. Rev Bras Otorrinolaringol 2005; 71 (6) 734-38
  • 7 Oliveira AKP, Elias Junior E, Santos LV, Bettega SG, Mocellin M. Prevalência do desvio de septo nasal em Curitiba, Brasil. Arq Int Otorrinolaringol 2005; 9 (4) 288-292
  • 8 Oropeza FJR, Marin FJS, Chávez MEH. Manejo de la base nasal mediante resección de husos de piel de la columnilla. Acta Otorrinolaringol Esp 2006; 57: 405-11
  • 9 Dall'Igna C, Palombini BC, Anselmi F, Araújo E, Dall'Igna DP. Rinossinusite fúngica em pacientes com infecção nasossinusal crônica. Rev Bras Otorrinolaringol 2005; 71 (6) 712-20
  • 10 Cintra PPVC, Lima WTA. Comparação das técnicas de turbinectmia com laser de CO2 e laser a diodo. Rev Bras de Otorrinolaringol 2003; 69 (5) 612-20
  • 11 Souza BB, Serra MF, Dorgam JV, Sarreta SMC, Melo VR, Anselmo-Lima WT. Polipose nasossinusal: doença inflamatória crônica evolutiva?. Rev Bras Otorrinolaringol 2003; 69 (3) 318-25
  • 12 Couto LGF, Fernandes AM, Brandão DF, Neto DS, Valera FCP, Anselmo-Lima WT. Aspectos histológicos do pólipo rinossinusal. Rev Bras Otorrinolaringol 2008; 74 (2) 207-12
  • 13 Geminiani RJ, Vitale RF, Mazer AB, Gobbo HPC, Silva Neto JJ, Lima JCB. Comparação entre tomografia computadorizada e endoscopia nasal no diagnóstico de rinossinusite crônica. Arq Int Otorrinolaringol 2007; 11 (4) 402-05
  • 14 Franche GLS, Granzotto EH, Borba AT, Hermes F, Saleh CS, Souza PA. Polipectomia endoscópica com meatotomia média como tratamento de pólipo antrocoanal. Rev Bras Otorrinolaringol 2007; 73 (5) 689-92
  • 15 Freitas MR, Giesta RP, Pinheiro SD, Silva VC. Pólipo antrocoanal: revisão de dezesseis casos. Rev Bras Otorrinolaringol 2006; 72 (6) 831-35
  • 16 Patrocínio LG, Patrocínio JA. Uso de enxertos em rinoplastia. Arq Int Otorrinolaringol 2001; 5 (1) 21-5
  • 17 Barbosa AA, Caldas N, Morais AX, Campos AJC, Caldas S, Lessa F. Avaliação da sintomatologia pré e pós-operatória de pacientes submetidos à turbinectomia inferior. Rev Bras Otorrinolaringol 2005; 71 (4) 468-71
  • 18 Montovani JC, Campos LMP, Gomes MA, Moraes VRS, Ferreira FB, Nogueira EA. Etiologia e incidência das fraturas faciais em adultos e crianças: experiência em 513 casos. Rev Bras Otorrinolaringol 2006; 72 (2) 235-41
  • 19 Santos RP, Leonhardt FD, Ferri RG, Gregório LC. Ligadura endoscópica endonasal da artéria esfenopalatina para epistaxe severa. Rev Bras Otorrinolaringol 2002; 68 (4) 511-14